Confesso que sou viciado no placar. Um placarmaníaco de primeira linha, apesar de nunca ter figurado na primeira linha do mesmo.
Meio assim, como aquele hipocondríaco que deixa de viver para consultar o farmacêutico, eu vivo fazendo consultas ao placar e tal como ele, que se automedica, eu me autoclico, porque não existe nada mais clicável para um placarmaníaco do que seus próprios textos.
Gasto muito mais tempo consultando o placar do que lendo ou escrevendo e esta situação tende a agravar-se agora que temos um placar mais justo e portanto mais vermelho, que democratiza o acesso ao topo, a ponto de vermos uma Dulce Baptista ocupando um lugar (aliás, você já leram os contos dela? Eu li dois, gostei e recomendo!) que normalmente ficava reservado aos figurões, além de outros tantos usineiros ocupando posições próximas ao topo, antes ocupadas tão somente por outros tantos figurões e outras tantas figurinhas feito eu.
Um placar assim tão vermelho me deixa louco! Sinto-me como aquele hipocondríaco petista que não consegue se controlar diante de cápsulas vermelhas... Penso no vermelhão do placar e já fico ansioso, começo a sentir coceiras nos dedos, e uma vontade incontrolável de saber que posição estou ocupando...
Aliás, será que, com a publicação deste texto eu estou subindo? Vou ver... Fui...