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Artigos-->OS HORRORES NO PRESÍDIO DE PEDRINHAS -- 12/01/2014 - 22:26 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As imagens de presos decapitados no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, correu o mundo e chocou muita gente, pela forma e violência com que os presos foram mortos. Dir-se-ia tratar-se uma cena cinematográfica de algum filme sobre períodos antigos da história da humanidade. Mas não, o fato ocorreu em pleno o século XXI, mas precisamente no final do ano de 2013 da Era Cristã. E ao ver tais imagens, veio-me a pergunta: por que tanta barbárie? Estará o homem atual perdendo completamente o respeito pela vida? Mas, após refletir um pouco, ocorreu-me que há uma explicação e que, se alguns cometem tamanho atos como tantos outros bastante recentes, não é porque a humanidade perdeu o respeito pela, mas sim porque um pequeno número de pessoas não sabem qual o valor da vida (amontoados como animais nas celas, a vida daqueles seres de fato não valem nada) e recorrem a tais atos a fim de salvar a própria pele. Claro que cada caso é um caso e deve ser avaliado separadamente, uma vez que suas peculiaridades os explicam. Mas atos bárbaros praticados por criminosos tem um quê de ser. Claro que o histórico de violência vivido por um indivíduo desde os primeiros anos de vida contribui para que a pessoa se torne um adulto violento, mas isso por só não levaria os presos daquele presídio a cometer tamanha brutalidade. Aqueles que fizeram isso com aqueles três colegas de cela poderiam tê-los assassinado simplesmente. Só que não era essa a intenção deles. Eles precisavam cometer aquele ato. E por quê? Porque o sistema penitenciário brasileiro está falido há décadas e um preso quando chega a um presídio terá inevitavelmente de pertencer ou buscar a proteção de uma facção criminosa, as quais vivem em guerra. É isso ou os abusos sexuais, torturas e até mesmo a morte. Não há outa saída. O preso não vai para a cadeia para pagar pelo seu crime e ser reabilitado, ele vai para entrar na escola do crime e se tornar um criminoso profissional e membro de uma facção criminosa. As cadeias estão superlotadas, os presos vivem em condições subumanas – embora uma grande maioria da população ache que preso deve ser tratado como animal e deve cumprir sua pena nessas condições, isso só lhe faz crescer o ódio contra aqueles que estão livres e assim o faz mais perigoso --, onde a luta pela vida os transforma em animais selvagens que, ao saírem da cadeia – uma vez que no Brasil ninguém pode ficar preso para o resto da vida --, agem com o outro aqui fora da mesma forma que no presídio. Dai a brutalidade, a violência barata e a completa falta de respeito pela vida alheia. Uma situação que é passada aos jovens criminosos tanto em instituições de recuperação de jovens delinquentes – instituições que também estão falidas e não passam de escolas de criminosos – quanto no convívio (principalmente nas favelas) com criminosos oriundos do sistema penitenciário. Embora muitos pensem que a solução é a pena de morte ou até mesmo uma drástica redução na maioridade penal de jovens, isto na realidade, com o sistema penitenciário que temos hoje, só tornará mais perigosos e violentos os condenados. Claro que a educação é a melhor forma de evitar que crianças e adolescentes entrem para o mundo do crime, mas isso por si só não resolve. É preciso uma justiça eficiente, capaz de dar uma resposta à sociedade e mostrar aos criminosos que seus crimes não ficaram impunes, dando a sensação de que o crime não compensa e não o contrário como ocorre hoje em dia. A sensação de impunidade também contribui para o aumento da criminalidade. No entanto, mesmo com uma educação de qualidade, pessoas continuarão a cometer crimes – embora em menor número evidentemente – e precisarão ir para a cadeia. Agora essas pessoas, ao cumprirem sua pena, terão de ser ressocializadas e integradas à sociedade, não como monstros como acontece hoje, mas como seres humanos. E é justamente ai que a sociedade, o poder judiciário e as instituições políticas vêm falhando. Está mais que na hora de rever tudo isso. Ou em poucos anos voltaremos à pré-história.




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