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Infantil-->O Fato Novo do Imperador (Andersen) -- 24/04/2006 - 05:19 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


















...os domingos passam, as crianças deixam de ser criança bem cedo, sem ter tido uma infância, e crescem sem saber o que é ter sido criança de verdade. Vão se tornar adultos que não terão na perna a marca de um tiro de sal que levaram quando roubavam frutas num quintal do vizinho e nem viverão a lembrança das dores de um joelho ralado ou de um braço quebrado quando saltavam de um muro alto em suas traquinagens. Nem mesmo se lembrarão da dor causada por terem comido aquela goiaba tão gostosa que estava verde e cheia de bichos. Eu vivi, quando era criança, em um mundo bem diferente. Tenho marcas no corpo e lembranças doces desse tempo que não me deixam esquecer como fui feliz. A dor de barriga sentida por ter comido uma fruta ainda verde passou e o meu braço quebrado quando era moleque sarou, mas a felicidade que senti em minha infância sobreviveu e se transformou em saudades.


CARLOS CUNHA

(clique AQUI para ler todo o texto infantil que rola acima)








O Fato Novo do Imperador

(Hans Christian Andersen)



Era uma vez um imperador que viveu há muitos anos e ele gostava tanto de roupas novas e bonitas que gastava todo o seu tempo e dinheiro a vestir-se. Não dava importância ao exército, não ia ao teatro, não andava de carruagem por entre o povo, a não ser quando queria exibir uma fatiota nova. Tinha um casaco diferente para cada hora do dia e como se ouve dizer de outros soberanos: "Ele está em conselho!", no seu caso a resposta seria: "O imperador está no quarto de vestir!"
A vida era bastante alegre na cidade em que ele vivia. Nela sempre chegavam forasteiros, e um dia apareceram dois indivíduos com um ar suspeito dizendo ser tecelões. Segundo eles, o tecido que fabricavam não só era extraordinariamente belo como tinha ainda propriedades mágicas. Mesmo quando transformado em peças de vestuário era invisível para todas as pessoas que não desempenhassem bem as suas tarefas ou que fossem particularmente estúpidas.

“Excelente”, o imperador pensou. "Que bela oportunidade para descobrir quais os homens do meu reino que não devem estar nos lugares que ocupam e quais são os espertos e os estúpidos! Pois é, aquele material tem de ser tecido e transformado em roupa imediatamente!"

E o Imperador deu aos dois malandros uma grande quantia de dinheiro para começarem a trabalhar. Os dois patifes montaram dois teares e agiram como se estivessem trabalhando, mas a verdade é que não havia nada nos teares. Pouco depois, estavam a pedir o melhor fio de seda e de ouro, que meteram nos seus próprios bolsos, continuando a mover os braços diante dos teares vazios pela noite dentro.





Depois de algum tempo, o imperador pensou:

"Gostaria de saber como vai aquilo!" Será que as minhas roupas estão ficando bonitas?

Quando se lembrou de que o tecido não podia ser visto pelas pessoas estúpidas ou incompetentes no seu trabalho sentiu-se um tanto embaraçado em ir ele próprio. Não que tivesse quaisquer dúvidas quanto às suas capacidades, é claro, mas achou que talvez fosse melhor mandar alguém primeiro, Afinal de contas, toda a gente na cidade sabia dos poderes especiais do tecido. Todos estavam ansiosos por descobrir até que ponto o vizinho era estúpido ou incompetente.

“Já sei! Vou mandar o meu velho e honesto ministro”, decidiu o Imperador. “É o homem indicado, o mais sensato possível, e ninguém pode queixar da maneira como desempenha as suas funções”.





O bom velho ministro foi à sala onde os dois malandros estavam a fingir que trabalhavam nos teares.

"Que Deus me ajude!" ele pensou, abrindo os olhos cada vez mais. "Não consigo ver nada", mas guardou o pensamento só para si.

Os dois vigaristas pediram-lhe que se aproximasse. Perguntaram se ele não achava que os padrões eram lindos e as cores deliciosas? Gesticulavam diante dos teares vazios e embora o pobre velho ministro espreitasse e olhasse fixamente continuava a não ver nada, pela simples razão de que não havia lá nada para ver.

"Céus!", ele pensou. "Serei mesmo estúpido? Nunca pensei que fosse e o melhor é que ninguém saiba! Serei mesmo incompetente ao desempenhar as minhas funções? Não, não posso dizer que não vejo o tecido."

— Então, não acha o tecido admirável? — perguntou um dos falsos tecelões continuando a mexer as mãos. Ainda não disse nada!

— Oh é encantador! Perfeitamente maravilhoso, disse o pobre velho ministro, olhando atentamente através dos óculos. O padrão, as cores... Sim, tenho de dizer ao imperador que os acho notáveis.

— Isso é muito animador, disseram os dois tecelões.

Mostraram para ele os pormenores do padrão e as diferentes cores utilizadas. O velho ministro ouviu atentamente, de modo a poder repetir tudo ao imperador. E foi o que fez.
Os dois impostores então pediram mais dinheiro e mais fio de sede e de ouro. Disseram que precisavam disso para acabar o tecido, mas tudo que o Imperador lhes deu foi para os seus bolsos e nem um ponto apareceu nos teares. E eles continuaram a agitar os braços diante dos teares vazios.





Mais tarde o imperador mandou outro honesto funcionário para ver o andamento do trabalho e saber se o tecido estaria logo pronto. Aconteceu-lhe a mesma coisa que ao ministro. Olhou e tornou a olhar, mas como não havia nada para ver senão os teares vazios ele não viu nada.

— Não é um belo tecido? — perguntaram os tecelões e ergueram o tecido imaginário diante dele, apontando para o padrão que não existia.

"Eu acho que sou estúpido", pensou o funcionário. "Talvez eu não seja a pessoa indicada para o cargo que desempenho. Bem, é melhor que ninguém saiba."

O funcionário emitiu ruídos de apreciação sobre o tecido que não conseguia ver e disse aos homens que gostava muito das cores e do desenho.

— Sim, ele afirmou ao imperador. O tecido é magnífico!

As notícias sobre aquele tecido fantástico se espalharam pela cidade e o imperador decidiu ir vê-lo ainda nos teares. Com alguns servidores cuidadosamente escolhidos, entre os quais os dois honestos funcionários que lá já tinham estado, foi à sala de tecelagem onde os malandros faziam as suas palhaçadas.

— Que tecido esplêndido! — exclamou o velho ministro.

— Veja o padrão majestade! Observe as cores, disse o outro funcionário.

Os dois enquanto falavam apontavam para os teares vazios porque estavam certos de que as outras pessoas viam o tecido.

"Isto é terrível!", pensou o imperador. "Não vejo nada! Serei estúpido? Serei incompetente como imperador? É assustador pensar uma coisa dessas."

Então, disse em voz alta:

— Oh, é encantador, encantador! Tem toda a nossa aprovação!

O Imperador acenou com ar satisfeito para os teares vazios, pois nunca iria admitir que não via absolutamente nada. Que era um idiota!
Os cortesãos que o acompanhavam também olhavam fixamente, todos eles secretamente alarmados por não serem capazes de ver um único fio, mas em voz alta fizeram eco com o imperador:

— Encantador, encantador!

Eles aconselharam o Imperador a utilizar o esplêndido tecido para o novo fato real que teria de vestir num grande cortejo que se realizaria em poucos dias.

— É magnífico e tão fora do vulgar, era o que o Imperador ouvia de todos os lados.

E o imperador condecorou os dois impostores com uma roseta para porem nas botoeiras dos casacos e o título de Funcionários Imperial do Tear.





Durante toda a noite anterior ao dia do cortejo, os dois tecelões fingiram trabalhar com muitas velas à sua volta. Todos podiam ver como eles estavam atarefados tentando acabar a tempo o fato novo do imperador. Fingiam tirar o tecido dos teares, cortavam o ar com grandes tesouras de alfaiate, cosiam e tornavam a coser com agulhas sem linha. Por fim, anunciaram:

— A roupa está pronta!

O imperador foi vê-la com os seus cortesãos mais nobres e os dois tecelões ergueram os braços como se estivessem a levantar alguma coisa.

— Aqui estão as calças, disseram eles. Aqui está o casaco e aqui está a cauda. São leves como espuma. Pelo toque dir-se-ia que não se tem nada vestido, mas a beleza está precisamente aí.

— Sim claro, disseram os acompanhantes do imperador, embora continuassem sem ver nada porque não havia nada para ver.

— Se Vossa Majestade Imperial quiser fazer o favor de tirar a roupa que tem vestida teremos a honra de ajudá-lo a vestir-se diante do espelho grande.

O imperador despiu-se e os dois tecelões fingiram entregar a ele as roupas novas, uma peça de cada vez. Depois com os braços à volta da sua cintura fizeram de conta que ajustavam a cauda, num toque final.
O imperador virou-se e deu uma volta em frente do espelho.

— Que elegante! Que bem que assenta as novas roupas do Imperador! — murmuraram os cortesãos. Que tecido tão rico! Que cores magníficas! Já viram alguma vez uma coisa tão magnífica?

— Majestade, disse o mestre de cerimônias. O dossel já está lá fora.

O dossel cobriria o imperador durante o cortejo.

— Bem, exclamou o imperador. Estou pronto e esta roupa me assenta realmente muito bem, não acham?

E o Imperador tornou a dar umas voltas em frente do espelho, como quem se admira pela última vez.
Os cortesãos que tinham de pegar na ponta da cauda baixaram-se, como se erguessem alguma coisa do chão, e levantaram as mãos diante de si. Não deixariam o povo pensar que eles não viam nada.
Assim o imperador foi caminhando no imponente cortejo, sob o esplêndido dossel, e toda a gente nas ruas ou nas janelas exclamava:

— Que ar magnífico tem o imperador! E as roupas novas... Não são maravilhosas? Olhem para a cauda! Que elegante!

O fato é que ninguém queria admitir não estar vendo roupa nenhuma, porque isso significaria que eram estúpidos ou então incompetentes no seu trabalho. Nenhum dos belos fatos do imperador tinha sido tão admirado até então.
Foi quando se ouviu claramente uma voz espantada de criança:

— O imperador não tem nada vestido. Ele está pelado!

— Estes inocentes! As coisas ridículas que dizem! — exclamou o pai da criança.

Mas um murmúrio, com o comentário da criança, começou a crescer no meio da multidão:

— Aquela criança diz que o Imperador não tem nada vestido. Que ele está nu!

Pouco depois todas as pessoas repetiam:

— O imperador não tem nada vestido. Ele está nu!

Chegou uma hora que até o próprio Imperador achou que eles deviam ter razão, mas pensou para si próprio:

"Não posso parar agora senão estrago o cortejo."

E lá foi andando com um ar cada vez mais orgulhoso, enquanto os cortesãos continuavam a segurar uma cauda que não existia.






Adaptação de CARLOS CUNHA
O poeta sem limites








Textos infantis do autor CARLOS CUNHA

Elefanta ou Elefoa?

Quem sou eu?

Conversa de pombo

Lágrimas nos olhos de uma borboleta azul

Na mata tem saci

O sapo e o girassol

Dona Josefa e seus amigos

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a pata?

Não deixe faltar flores no vaso da vovó

A corujinha feliz

Ovo de dragão

Bicho que fala

A SARANDONGA

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A festa de aniversário da menininha

O moço que via os anjos chorarem

Dores e marcas da infância

A gata da madame

A menininha e a centopéia

Pererê e a fadinha

Um anjo da guarda desempregado

O beija flor

A árvore de natal mágica

O menino e o computador

As lágrimas da felicidade de Deus







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