Caro Dom Kleysus! Fico grato por ter analisado minha tese... Ou seria "tiro no pé"? Não importa...Agradeço mesmo assim!
Agora, se me permite, vou analisar suas respostas, dentro do mais absoluto respeito, tanto às suas, como às minhas opiniões.
Seu texto:
Mas, só para raciocinar, sua tese é tiro no pé. Se o funcionalismo é quase-socialismo, como explica os salários de fome? Está concordando que socialismo é sinônimo de pobreza e miséria.
Minhas considerações:
Ora Dom! Se os salários de fome existem no funcionalismo público, também existem na iniciativa privada, com um agravante, pois do lado de cá, nem o salário de fome é garantido... E tanto os salários de fome do lado de lá, como os do lado de cá são frutos do capitalismo, e não do socialismo... Ou será que o Brasil já foi socialista e ninguém me contou?
Seu texto:
Esse quase-socialismo está livre da exploração do capital e da ditadura dos patrões? Não considera o governo patrão? Nem o Estado? Nem o partido? Pois misturam tudo. O quase é anarquia
Minhas considerações:
Nunca disse que o governo não é patrão! Só acho que ele é um patrão muito mais socialista do que capitalista... Patrão que não pode mandar embora? Ora! Esse é o sonho da vida, de qualquer vítima do capitalismo... Poder levantar cedo com a certeza que nunca encontrará uma carta de demissão pela frente... Quem não quer ter um patrão assim? Patrão que em vez de dispensar, manda os empregados ficar em casa, por falta do que fazer... Patrão que não condiciona o destino de seus funcionários ao sobe e desce do mercado...Não! Isso não me parece coisa de país capitalista... E se não é socialista também, restou-me inventar o termo quase-socialismo.
Seu texto:
Viu o que os quase fizeram, quarta-feira passada, em Brasília? Vaiaram o patrão de plantão, que trocou o Planalto pelo Alvorada. Foi reunir-se com o presidente da Argentina, sem barulho.
Minhas considerações:
A maior parte dos que vaiaram o presidente eram companheiros integrantes do PCO (partido da causa operária) e do PSTU... Dom! Esses companheiros são comunistas radicais e desde o tempo da campanha foram contra as alianças que o PT fez para chegar ao poder representando toda a sociedade... Te aconselho a ter um pouco de cuidado com esses companheiros, pois eles sim, querem a socialismo a qualquer custo e aceitariam até uma ditadura socialista, coisa que nós, que formamos a maioria petista e representamos uma ampla aliança com nacional, não queremos, de forma alguma... Um conselho caro amigo! Analise melhor quem está vaiando ao seu lado...
Seu texto:
O patrão dos quase não é ditador como os patrões da iniciativa privada? Então por que quer impor reforma que leva os quase à praça pública? Eles foram comemorar? Aplaudir?
Minhas considerações:
Ora Dom! Quem está impondo as reformas não é o PT, mas sim a sociedade que as vêm pleiteando a muito tempo. Na verdade, desde antes de FHC e se este tivesse dialogado com a sociedade e os partidos (como LULA está fazendo) as teria aprovado, isso se a aprovação das mesmas fosse de fato uma aspiração daquele governo... Desconfio porém que FHC jamais quis aprovar as reformas temendo o grande desgaste político que as mesmas poderiam causar e neste contexto o PT serviu como uma luva, ao passo que, assumimos a responsabilidade pelo fracasso, que de fato foi dele.
Considerações finais (por enquanto)
Caro Dom Kleysus! Nada tenho contra os funcionários públicos... Só estou cobrando coerência, pois se estamos num país capitalista... que todos estejam sujeitos às mesmas perversas regras, até porque, como o rombo do sistema é coberto com dinheiro público, sinto-me lesado pelo sistema de benefícios diferenciados.
Sei que minha defesa das reformas é contra muitos interesses, mas se formos nos calar, sempre que contrariamos interesses, melhor que nasçamos mudos, e eu; graças a Deus, nasci com as cordas vocais perfeitas.
Por isso falo... E saiba que não falo sozinho não!!! Mas não falo mesmo...
