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Textos_Religiosos-->USO DA FAMIGERADA “CAMISINHA” -- 26/03/2006 - 18:14 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




USO DA FAMIGERADA “CAMISINHA”



Padre Luiz Ignácio Bordignon Fernandes, SDB


Entre as inúmeras acusações que um articulista e uma leitora do jornal Tribuna do Povo (Araras-SP), dos dias 11 e 27 do mês de julho próximo passado, fizeram à Igreja Católica, com ou sem razão, já que o discernimento histórico é absolutamente necessário para se emitir um juízo, há um ponto um tanto polêmico, causando dúvida em muita gente, qual seja, o uso da “camisinha”.

Ambos os artigos se resumem no seguinte:

1) Dizem os articulistas que o Vaticano não tem competência para moralizar o uso da camisinha, e muito menos para proibi-lo.

Respondendo a eles, digo simplesmente que o Vaticano não está moralizando o uso da camisinha; o Vaticano está apenas cumprindo o que Jesus Cristo ordenou: “Ide e ensinai a todos o que Eu vos ensinei”. E Cristo, qual interpretante absoluto da Lei dada por Deus, disse: “Não pecar contra a castidade”. O que vale dizer: todo ato sexual, fora de um legítimo matrimônio, é pecado.

E para entender melhor esse preceito, seria necessário o conhecimento do que é a verdade. Que é, pois, a verdade? Verdade é a conformidade do intelecto para com o objeto. Ao contrário, a verdade deixa de ser objetiva para se tornar subjetiva, deixando de ser verdade.

Ora, quem deu a Lei foi Deus. Sendo Ele a verdade infinita, não pode absolutamente errar. Portanto, se foi Deus quem deu esse mandamento, “não pecar contra a castidade”, não temos o direito de acusar o Vaticano em tal assunto. O Vaticano não está moralizando e nem proibindo o uso de camisinha; está apenas dizendo que todo ato sexual fora de um legítimo matrimônio, com ou sem camisinha é pecado. E quem disse que é pecado foi Deus.

2) Dizem ainda eles, que a prioridade é salvar vidas e não associar princípios morais com questões sanitárias.

Ora, se a prioridade é salvar vidas, o que na realidade está certo, deve-se então usar do método mais seguro. Pergunta-se: Qual é o método mais seguro: é o uso da camisinha ou a abstenção do ato sexual?

Seria bom que os articulistas se conscientizassem que, mesmo com uso da camisinha, nenhum dos seus usuários estaria absolutamente isento da contaminação do terrível HIV.

Por outro lado, desassociar moral e questão sanitária é um erro palmar; é sinal que se desconhecem princípios morais e questões sanitárias. Na verdade, se toda e qualquer ação sanitária é para a defesa da vida, coincide perfeitamente com os princípios morais que outra finalidade não tem senão a defesa da vida. Afinal, a moral não se fundamenta nos mandamentos da Lei? E a Lei não foi dada para proteger a vida?

3) Citando o princípio moral expresso pelo ex-cardeal de São Paulo, eles dizem que de dois males deve-se preferir o menor.

Se é verdade que Dom Paulo (Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo) disse isso, há mister concluir o pensamento, qual seja, de dois males deve-se preferir o menor, somente quando houver urgência de ação. Pergunta-se, pois, se essa transação sexual pecaminosa que rola na sociedade tem urgência de ação? Ninguém está obrigado a esse procedimento animalescamente livre. O que a mídia prega, dizendo que tudo o que se faz por amor é válido, está totalmente errado, contrário à moral do amor que Cristo nos ensinou. Jesus disse que não há maior prova de amor que estar disposto a dar a vida pela pessoa amada. E isso Ele exemplificou, morrendo na cruz pela humanidade. Amor que satisfaz as próprias paixões não é amor cristão, mas amor erótico que se reverte falsamente da palavra amor para acobertar um remarcado pragmatismo. E esse pseudo-amor destrói, caminhando para a morte.

4) Finalmente respondendo aos articulistas.

Não se pode dizer que o sexto mandamento, “não pecar contra a castidade”, é obrigação somente do catolicismo; não é somente obrigação dos católicos. Esse mandamento foi dado por Deus no Antigo Testamento, quando ainda não havia catolicismo. O catolicismo é do Novo Testamento. Por consequência, esse mandamento foi dado para todos e não somente para católicos. Assim sendo, caríssimos articulistas, não querendo defender os erros que, por vezes, a parte humana da Igreja comete, pois a Igreja fundada por Cristo, embora assistida pelo Espírito Santo, pode falhar em questões puramente humanas, econômicas, científicas, culturais e por vezes políticas, é, e será sempre infalível sob o prisma da fé e moral. A Igreja não é tão angelical quanto eles falaram porque é composta de seres humanos manchados pelo pecado de origem, e por isso mesmo, pecadora tanto quanto eu e vocês; mas em questão de fé e moral, a Igreja é infalível porque Jesus Cristo lhe outorgou essa infalibilidade.

CONCLUSÃO: A Igreja, ou como querem o articulista e a leitora, o Vaticano, não está proibindo uso de camisinha; o que o Vaticano está dizendo é que todo ato sexual fora de um legítimo casamento, com ou sem camisinha, é pecado.

EM TEMPO: Quanto ao monge beneditino, dizendo ao Estadão (jornal O ESTADO DE S. PAULO, terça-feira, 01/08/2000), que a Igreja se baseia em Aristóteles, está um tanto confuso, precisando fazer uma séria reparação. A Igreja em questão de moral se baseia unicamente em Jesus Cristo e não em Aristóteles.

Fonte: Texto pronunciado pelo Padre Salesiano Luiz Ignácio Bordignon Fernandes, em 06/08/2000, domingo, durante a homilia da Santa Missa das 18h00, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Araras (SP), Brasil.


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