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Cordel-->Batalhão x Baixim -- 01/02/2003 - 14:08 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O encontro de Maria batalhão x o baixinho comedor.


Autor: Daniel Fiúza.
01/02/2003

Bela mulher nordestina
Que esse mundo conheceu
De nome Maria batalhão
Que Pra todo mundo ela deu
Ninguém lhe satisfazia
Ela transava noite e dia
Foi disso que ela morreu.

Era uma linda mulher
Encantou todo o sertão
Já nasceu com esse karma
Vivia da prostituição
Todos queriam comer
Ela dava com prazer
Sem ter sua satisfação.

Quando mais ela transava
Logo queria transar mais
Podia ser vinte homens
Velho, maduro ou rapaz!
Ela traçava todo mundo
O Chico, João ou Edmundo!
E nunca achava demais.

Também vivia por lá
O baixinho comedor
Cabra que comia todas
Não tinha o menos pudor
Solteira, Viúva ou casada!
Traçava dando risada
Era um macho de valor.

A casada quera virgem
Foi ele quem descabaçou
Bem antes do dia marcado
Quebrando coco treinou
Falaram foi uns quarenta
O povo às vezes aumenta
Eu só não sei quem contou.

Ele nunca negou fogo
Nem deixou na saudade
A mulher que ele comeu
Ficou feliz de verdade
Com o olho fosco virado
Bem antes ter terminado
Morria de felicidade.

Ninguém sabe se é uma lenda
Ou se foi um fato então
O encontro do baixinho
Com Maria batalhão
Conta-se de boca-a-boca
O encontro daquela louca
Com o baixinho garanhão.

Na cidade do ceará
Lá em Quixeramobim
Onde o encontro se deu
Da bela com o baixim
Quem viu conta abismado
A história do tarado
Do começo até o fim.

Foi no chatô da Salete
No bairro da putaria
Trancaram-se no quarto
Pra sair não tinha dia
Quem pedisse pra parar
Depois de muito gozar
Aquela aposta perdia.

Já tinha passado um mês
Que o casal tava transando
Trancados naquele quarto
E a multidão aumentando
Depois dos gritos a calma
E o povo batendo palma
Somente alguns vaiando.

Uns diziam que o baixinho
Dali não saia andando
Outros falavam o contrário
E nele iam apostando
Mas ninguém tinha razão
Se o baixim ou a batalhão
Sairiam vivos falando.

As redes de televisão
Davam grande cobertura
Como a casa dos artistas
Só que sem muita frescura
Vários países transmitindo
O mundo inteiro assistindo
Só vendo a nossa fartura.

Eles ficaram três meses
Sem nenhum pedir pinico
Lá tinha gente acampada
Tinha pobre e tinha rico
Se parecia com bordel
Casais trepando ao leu
Inspirados no nanico.

Mulheres que lá estavam
Também tinham muito tesão
Ficava imitando a deusa
Como a Maria batalhão
Apostavam com o parceiro
Quem se cansava primeiro
Trepando Na multidão.

Fez um grande silêncio
Depois se ouviu um grito
Na voz de Maria batalhão:
- Para tudo seu maldito
Não consigo mais trepar
Não agüento nem andar
Tá ardendo o meu priquito.

Chamaram uma ambulância
Maria saiu carregada
Mas ainda tava sorrindo
Com cara de bem amada
Ainda flertou com polícia
Piscou e olhou com malícia
Na hora que foi filmada.

Depois que Maria saiu
O baixim apareceu
Ele perdeu dez quilos
Parecia que encolheu
Mas apareceu andando
E o povo foi aclamando
A vitória que mereceu.



Para entender essa luta leia também os cordéis abaixo.



Leiam em cordel de Daniel Fiúza.
A história da Maria Batalhão

Leiam em cordel de Daniel Fiúza.
O baixinho comedor



























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