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Cordel-->Maria Batalhão -- 26/01/2003 - 20:31 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A história da Maria Batalhão


Autor: Daniel Fiúza.
26/01/2003

Quando ainda era menina
Já era muito assanhada
Por homens, interessada!
Parece que tinha à sina
Era de família fina.
De riqueza e tradição
Tinham terras no sertão
O pai bem conceituado
Um povo rico e educado
Mas a menina era o cão.

Logo que fez doze anos
Já perdeu a virgindade
Foi-se embora pra cidade
Maria bolou seus planos
Foi viver desenganos.
Prum pião se entregou
Seu pai quase lhe matou
A deixou desmaiada
Não adiantou de nada
A menina se mandou.

Maria era muito bonita
Bastante desenvolvida
Saiu errando na vida
Dando que nem cabrita
Para todos era a Lolita.
Nenhum homem a saciava
Às vezes com três transava
Ficava pedindo mais
Só queria homem capaz
Mas Maria nunca achava.

Durante a adolescência
Amor com muitos, ela fez!
Homem nenhum satisfez
Ficava sempre carente
Do sexo era dependente.
Transava com cinco ou seis
Durante mais de um mês
Não ficava satisfeita
E nunca achava a receita
Ficava sempre no talvez.

Maria aumentou a beleza
E quando já estava adulta
Tornou-se uma prostituta
Se virando em Fortaleza
Só acumulou riqueza.
De tanto que ela transava
Muito dinheiro ganhava
Era um caminhão por dia
Transando com alegria
E nunca que ela parava.

Recebia uma multidão
Não se cansava jamais
Menino, velho ou rapaz!
Aumentando seu tesão
Foi ser Maria batalhão.
Esse apelido pegou
Ela mesma que adotou
Ficando sempre com ela
Agora era o nome dela
E dizem que até gostou.

Um dia foi convidada
Pra torcida do flamengo
Para em todos fazer dengo
Alegrando essa moçada
Acabou com a negrada.
A turma ficou no chão
Maria foi pro canecão
Para vê se achava macho
Pra abaixar o seu facho
Vê se acabava o tesão.

Um dia num gesto sutil
Num jogo no Morumbi
Quase que não sai dali
Ela danou a dá o xibiu
Nenhum jogador se exibiu.
Todos entraram na dança
Kaká, Rogério e o França
Tudo virou um bacanal
Todo mundo passou mal
Só a Maria fez festança.

Na guerra foi contratada
Para derrota o inimigo
E impingir lhe um castigo
E para lá foi mandada
Ela já desceu pelada.
Transou com a tropa inteira
Ainda trouxe a bandeira
Deixou eles arrasados
Ali Mortos e esfolados
Amontoados na trincheira.

Pro governo foi chamada
Para debelar uma greve
Queria que fosse breve
Nas armas que fosse usada
Pelos grevistas, trepada.
Tudo em apenas um dia
Naquilo que mais valia
Na cartilha trabalhista
O manifesto comunista
Era os peitos da Maria.

Maria era dominada
Pelos prazeres do sexo
E nada mais tinha nexo
Muitos homens, ou nada!
Só queria ser amada.
Durante o dia inteiro
Ainda ganhava dinheiro
Gozando e ficando rica
Ganhava dinheiro e pica
Na satisfação, primeiro.

Mas a Maria batalhão
Não parecia feliz
Vivia pedindo bis
Não se satisfazia não
Só queria de montão.
Um bruto e muito cascalho
Podia ser de bandalho
Para lhe satisfazer
Só não sabia o porque
Nunca enchia seu talho.








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