É esta aflição por alguém a quem nunca vimos,
e sabemos que sofre,
que nos faz sentir
humanos.
São famílias desabrigadas
pelas enchentes que uma chuva constante provocou, aqui,
nesta cidade que,
em momentos assim,
em nada me parece maravilhosa...
E o tele-jornal mostra
as pessoas com água quase pelo pescoço;
pessoas que tudo perderam,
mas ainda têm
um brilho curioso no olhar,
frente àquelas câmeras
que as examinam
para lhes obter
um
raio-x
de
miséria...
Não há Bem que sempre dure... |