"Tudo bem. No dia em que construirmos um modelo de democracia, que pudermos oferecer aos cubanos melhor do que o que eles têm, acho até que você tem autoridade para isso. Você acha que Cuba deve ter um presidente do parlamento como o Jader, é isso? Leva o PFL para Cuba, leva o PSDB, é isso que vocês tem a oferecer?" Aí digo: "Então deixa o pessoal lá com a experiência própria".
"O risco — se há — de autoritarismo não é o risco do autoritarismo dentro da fronteira de um país, é um autoritarismo mais globalizado, você governar os povos por cima dos governos nacionais. Se você domina os satélites, tem uma moeda que é mundial, uma língua que é mundial, você tem o domínio da cultura no mundo, de cada cem filmes exibidos no mundo, 88 são americanos, 80 por cento da informação que circula no planeta é produzida num único país, então você tem a versão do que acontece no mundo e não o que acontece no mundo. Se o americano bombardeia um campo de futebol no Iraque, isso vira um acidente de guerra; se um iraquiano mata uma criança americana, isso vira uma tragédia no planeta. E isso é, de certa forma, uma ameaça a um processo de democratização."
"Se o filólogo tivesse dito "aí não use delete", porque no Aurélio tem lá um verbinho meio arcaico, já meio aposentado — como diria o Monteiro Lobato, que as palavras se aposentam e saem de circulação —, mas na hora da emergência ele pode voltar, que é o "delir", que é o delere do latim, que dá em "delete", mas o sujeito não conhece isso e não tem obrigação de conhecer."
Frases de Aldo Rebelo, do PC do B, ditas na entrevista do mesmo à Revista Caros Amigos edição 52 de junho de 2001.