Gostaria, verdadeiramente, de saber para que existe a JUSTIÇA?
Não falo da "justiça em si"... Mas, da JUSTIÇA SOCIAL... Essa formada pelos legisladores, os juízes, que "julgam" de acordo com seu estado de humor, naquele momento, em que vão dar sua sentença... Se é que prestaram alguma atenção ao julgamento, ou apenas bocejaram, loucos para irem a uma serestazinha, ou ao próximo bordel da esquina, relaxar um pouco?
As coisas andam, mesmo, de cabeça para baixo.
Este texto nasceu de uma "conversa fiada" que ouvi enquanto esperava em uma fila quilométrica, dessas do INSS, para tentar resolver um probleminha de minha comadre, que anda adoentada e nem pode sair de casa.
Ofereci-me para ir em seu lugar. Deu-me um trabalho dos diabos! Teria de passar pelo burocrático caminho de fazer uma procuração em cartório. E para isto, ela teria de ir lá, comigo.
Resolvi logo a questão e disse-lhe:
- Ponha todos os documentos necessários. Chegando lá, a confusão deve ser tanta que eles nem vão perceber que a "beneficiária" não sou eu.
Dito e feito... Resolvi tudo na maior tranqüilidade, com a identidade dela. Mas isto, depois de haver enfrentado quase três horas de fila... A tal de burocracia... Demoram tanto para atender, mas o principal ficou de lado: a dona da identidade e dos documentos não era eu!
Mas minha indignação não foi "somente" por causa disso. Foi de uma conversa que, casualmente, ouvi de dois adolescentes.
Um queixava-se de que um professor lhe negara a oportunidade de uma segunda prova, por estar ele de braço quebrado.
Não que eu ache que o caríssimo professor estivesse certo. Abolutamente! Direitos são direitos.
Mas, muito puta fiquei com o que ouvi do "distinto aluno":
- Vou ferrar esse professor! Ele nem imagina que sou filho de um juiz...
É... Bem dizem que a "JUSTIÇA É CEGA"...
|