Publicado no jornal O POVO, dia 23 de fevereiro de 2002
O verdadeiro Promotor de Justiça é, antes de tudo, um justo. Vocacionado para as grandes lutas, assegura a si mesmo ser efetivamente:
* Tão confiante no ideal que professa que nunca perde a serenidade. Guarda sempre a consciência tranqüila e segue adiante.;
* Tão destemido que nunca perde a coragem diante de ameaças e de incompreensões. Sabe ajustar-se à disciplina e ao equilíbrio para consolidação do próprio êxito, sem ostentação e vaidades.;
* Tão determinado que não esmorece frente às dificuldades que se lhe espalhem no caminho.;
* Tão persistente que jamais abandona o seu fanal. Nos embaraços com os quais se defronta, renova força e coragem, firmeza e fé, fazendo o melhor ao seu alcance.;
* Tão inabalável que jamais vacila ante o desânimo, posto que compreende os momentâneos fracassos como lições indispensáveis às vitórias do amanhã.;
* Tão transparente em suas ações de modo a não temer qualquer insinuação caluniosa.;
* Tão consistente em suas ponderações sem aparentar laivos de rudeza e de imprevidência.;
* Tão conhecedor do Direito que sempre encontra meios para a realização da Justiça.;
* Tão estudioso que dedica-se intensamente a perene aquisição de novos conhecimentos.;
* Tão realista que não alimenta a frágil ilusão de poder agradar a todos.;
* Tão consciente de sua independência funcional que jamais permite comprometimentos capazes de solapar a dignidade institucional.;
* Enfim, o Promotor de Justiça consciente é o guardião e defensor intransigente da sociedade, principalmente quando se agigantam o crime e a injustiça. É o missionário talhado para garantir a manutenção dos mais sublimes direitos já consagrados à humanidade, no curso da história planetária.