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Textos_Juridicos-->a Segunda VISITA da OFICIAL de JUSTIÇA! -- 19/11/2002 - 21:58 (LUMONÊ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Segunda VISITA da OFICIAL de JUSTIÇA!

Passados quinze dias da primeira visita da oficial de justiça, nada da mesma aparecer para executar a tal ação de penhora. Passaram-se mais quinze dias e nem sinal da loira, comprovando assim a tão falada lentidão da justiça.

Em casa tudo estava preparado para recebe-la. Minha antena parabólica fora transferida para o telhado da casa de meu pai e meu vídeo-cassete para a estante do mesmo e de lá só voltava ocasionalmente, quando queríamos assistir a algum filme, bastando para isso, cruzar a rua.

A compra do moderno som que não tínhamos, assim como do microondas que desejávamos e da moderna máquina de lavar roupas que necessitávamos haviam sido adiadas e estávamos ansiosos pela tal visita, quando sofreríamos a primeira ação de penhora de nossas vidas.

Estranhamente, tal visita que eu sempre temi, nos anos em que estive nas mãos dos bancos e agiotas, agora não causava-me a menor sensação de medo ou qualquer sentimento de vergonha. Estava preparado para o acontecimento como nunca pensei que ficasse. Nem qualquer sentimento de culpa pelo uso de artifícios para fugir da aplicação da lei me assombrava o espírito, pois o fazia em legítima defesa, o que não tinha nada de imoral e talvez nem de ilegal, até porque fora meu advogado que aconselhara: “Deixe que te cobrem na justiça e não se preocupe com esta história de sujar o nome, pois você não tem alternativa melhor do que a justiça!”

Quando completou dois meses da primeira visita, finalmente a oficial de justiça apareceu e foi recebida por mim e minha mulher no corredor que levava à nossa casa no fundos.

Por incrível que pareça, aquela não era ainda a visita para executar a ação de penhora e sim, uma visita para combinarmos o dia em que ela viria fazer seu trabalho. Tranquilos, chegamos mesmo a afirmar-lhe que ela poderia entrar, mas ela alegou normas legais para não faze-lo e depois de marcar um dia para sua volta, partiu, novamente sem que ninguém percebesse o motivo de sua visita.

Ainda não sei se tal atitude faz parte, realmente, de alguma norma legal ou se ela o fez por consideração a mim e desprezo a quem me acionava.; um agiota já muito manjado nos tribunais de minha cidade. Seja porém o que tenha sido, dever profissional ou dever cristão, agradeci toda a consideração por parte da linda emissária da justiça e fiquei esperando por sua terceira visita, reafirmando sempre, para mim mesmo, a determinação de pagar cada centavo que devo, mas nenhum centavo a mais do que isso, como sempre quiseram meus gananciosos credores.

Pagarei conforme a lei e no maior prazo que a mesma me garantir, claro que, se possível alongando este prazo com uma ou outra artimanha que me faça ganhar mais tempo.


® LUMONÊ

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