Na floresta... Usineiro
Plena de animais
Uns menos e outros mais
Todos são a tempo inteiro
O exemplo verdadeiro
Da elementar certeza
Que a mão da natureza
Gere certa a existência
De qualquer inteligência
Com imparável firmeza.
Ora pois a esperteza
De qualquer bichinho humano
É simples e puro engano
Sem consistente defesa
Por mais que mantenha acesa
A estulta ilusão
Que é do mundo mandão
Já que mais ou menos dia
Acaba-se-lhe a fantasia
E o estado de excepção.
Depara-se-me ocasião
Para aludir com graça
À desgraça sem desgraça
De um piolho sensação
Chato e assaz refilão
Que ao mundo parasita
Abordou-o e catita
Disse-lhe: Mas afinal
Que é aqui o animal?...
Mas que pergunta bonita!