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Poesias-->CONTRADIGO -- 03/07/2025 - 00:16 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

CONTRADIGO

 

Caem nossas partes gastas

como  as folhas das árvores

no outono

necessariamente soltas

marcando a viagem

 

Não  te peço  que recolhas

as que eram minhas.

Não  recolherei as tuas,prometo

porque de ti o que quero

é o  que tens contigo.

 

Quero o que levas

e que nunca poderá

ser de ninguém.

O que é vivo em ti e não tem

qualquer estação.

 

Quero de ti

o que nunca poderei ter

mas poderei querer

num sonho dialético

com todo meu  Ser.

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