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Contos-->Imágica galeria -- 14/11/2013 - 06:05 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Chico Piaba era raro, esquivo, mas regular. Quando a

estação fria se anunciava, passava pela porta, ou

janela mesmo e fazia sua encomenda: meias velhas para

fazer cobertor. Sua especialidade. E parecia que nem a

Conferência de São Vicente de Paula, que cobertores

aos mais necessitados distribuía, atenção ao Chico

fazia. Mas também pudera, vivia lá pelos cafundós, e

vai ver, a sós.

Já o Tião Fundão, ainda mais raro, vivia cheio de

precisão, mas com aquela voz afinada coragem pra pedir

era nada. As gentes boas é que lhe entendiam o sofrer

e alguma coisa, hora ou outra, tentava fazer. E corria

que era da tuberculose que o Tião padecia e contato

direto com ele o que mais se temia. Enquanto isso,

tossia.

E o Sodré, que vinha a cavalo, veio uma vez, solamente

una vez y nada más. Fazia lembrar um pouco a imagem

dos forasteiros nos filmes de caubói e seu sorriso,

com todos os dentes empapados por uma camada de

tártaro, já antiga era contudo, expressão amiga. Por

um prato de comida, ou cousa parecida. Além da prosa,

o cigarrim de palha. E a partir daí, a memória se

atrapalha.

Fecha-se o quarteto com o Lizico, imundo e sorridente,

fazendo suas palhaçadas para a circunstante gente.

Achou bom poder dormir no galinheiro desativado na

casa de vovó. Five-star, ao luar, e de galo poder

sonhar. Tinha aquele braço amputado, um toco de

ante-braço que o fazia engraçado, palhaço consumado.

Mostrava a todos sua proeza de riscar um fósforo com a

caixinha alojada no toco de ante-braço que lhe

restava. E fogo, a imaginação pegava
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