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Artigos-->Pra não dizer que não falei difícil -- 10/12/2000 - 12:37 (Adriles Ulhoa Filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DIFÍCIL....



Ano novo. Novo século. E até novo milênio! Mas tudo continua como antes na política nacional. Os mesmos problemas sociais, picuinhas e índices de corrupção. Os mesmos jogos de interesses, enfim... só mudam as moscas!

Choveu muito neste verão no sudeste e centro-oeste do país. Talvez por isto, a política tenha ficado encharcada de futricas e bazófias.

O Governador das Alterosas adjetivou o Presidente da República de anfótero. O líder do governo devolveu de pronto a adjetivação, dizendo que o governador é que era um aerícula, perdido em filáucias, condenado ao oblívio.

Palavras bonitas, não? Só que, o significado...

Dias depois, novo fuzuê foi armado por um empresário, quando resolveu divulgar fita de vídeo gravada com o último presidente do regime militar. Tudo aconteceu ainda no século passado ( já podemos dizer assim, não?), num churrasco alegre, com muita cerveja e cantoria. Lá pelas tantas, depois de umas e outras, foram entrevistar o homem que não se poupou. Resolveu sair do esquecimento a que se tinha proposto e, literalmente, ligou o ventilador na farofa. Não na farofa da festa, é claro! Mas espargiu cicuta pra cima de todos os políticos que lembrou naquele instante. Afetos e desafetos tiveram o mesmo tratamento nada VIP. Muitos dos que ele mesmo apadrinhara em outras épocas foram atingidos: um senador (famoso até hoje), seria só uma “unidade para medir mau-caratice”; outro, muito magro: “ apenas uma imagem de TV distorcida por defeito no tubo”. E por aí foi a coisa...

E nem chegou o segundo mês do milênio e o espevitado governador referido linhas acima, está de novo nas páginas dos periódicos: “na crista da onda”, dizem os mais empolgados. Primeiro, pelo “affair” com uma ajudante de ordens. Sendo a vez do povão fazer as piadinhas: “ Acabou A MORatória, começou o AMOR a Kênia!”; “Novo casal Sukita na praça”; agora, invés da tradicional continência, a saudação é: “Oi, tio!”. Apareceu até uma manchete num pequeno jornal : “ Governador quer invadir a Kênia”.

Dias depois, o rebelde das alterosas capitulou, ou melhor, como dizem os mineiros: “entregou a rapadura”. Desistiu da moratória, que só serviu para o Estado andar em dia com a União. Foi feito um acordo “formidável” com o governo central no entender de seus negociadores. Na fala que precedeu a comunicação oficial do fim da moratória, não esqueceu o supremo mandatário do Estado da frase de efeito tantas vezes repetida: “ Ninguém vai nivelar as montanhas de Minas!”. Como se isto fosse possível e desejado por alguém!

E se não bastasse, no dia seguinte, o gorducho e áulico vice-rebelde dá entrevista aos jornais, dizendo: “ O Estado de Minas passou a perna (sic) no Governo Federal (no Brasil, né?). Caíram no maior conto do vigário (sic) no acordo firmado.”

Bela atitude, hein? Agora nós mineiros não somos mais caloteiros, somos vigaristas! Bela Federação!

Acho que devemos mesmo estar destinados ao oblívio, até o exício de todos nós.

Adriles Ulhoa Filho

Bhte., 07.02.2000.

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