“S E N S U A L”
Novamente precisamos do dicionário, que é um grande amigo, já que a Língua Portuguesa é muito complexa. Desta forma usamos o leal companheiro para correção de erros ortográficos. Mas além da oportunidade que nos proporciona, podemos esclarecer através do manuseio deste livro muitas dúvidas, aprendemos com exatidão o significado de cada palavra. Será? Mas de qualquer maneira temos um ponto de partida para cada um dos capítulos deste pequeno livro. Desta forma, continuemos.
“Sensual: que diz respeito ao sentido; lúbrico; voluptuoso; lascivo; s.m. indivíduo sensual ou libertino”.
Os estudiosos da sexualidade afirmam que o sexo é parte vital para o ser humano, uma necessidade fisiológica. Os religiosos, que o sexo deveria ser apenas um meio pelo qual o homem se reproduzisse. Alguns não vivem sem o sexo, outros se dizem completamente sem necessidade do mesmo. Quantas mães ensinam às suas filhas desde pequenas uma moral excessiva, causando um bloqueio após um relacionamento sexual, conduzindo muitos homens a uma vida dupla, por sentirem-se lesados em sua vida íntima. Quem está certo, quem está errado? Difícil julgar, pois cada um está certo em sua maneira de pensar, em seu jeito de viver. Desta forma fica novamente o livre arbítrio, a escolha. Esta escolha poderá acarretar inúmeras alegrias, tristezas; por isso faz-se necessário estudo para tal escolha. Lares podem estar enraizados, firmes pela união entre o espiritual e o material, já que somos espírito e carne. Outros tantos podem ser desfeitos, simplesmente por uma volúpia descontrolada de necessidades fúteis. Todo excesso prejudica, nada deve ser em exagero; mas isso em todos sentidos, para muito ou pouco.
Assunto constrangedor para pais quando os filhos menores fazem as tão “terríveis”perguntas: – “Como eu fui parar dentro da barriga da mamãe?”. Sementinha? Cegonha? Vergonha? Inibição? Se fôssemos procurar encontraríamos milhões de palavras e mesmo assim não saberíamos exatamente a resposta. Cada um sabe o que sente, o que gosta, o que quer. Como quer, onde e principalmente com quem.
O amor é bem distinto do sexo. Pode-se fazer sexo com um estranho. Qualquer que seja o estranho, ou quem sabe com um conhecido; mas amor só se faz com seu amado (a). O amor no sentido (relação física entre dois seres, onde o contato sexual se faz presente), é um ato espontâneo de doação de sentimentos, sensações, explosões de prazer, recebendo e doando paixão, carícias.
Alguns sabem o verdadeiro sentido do ato. Ou seria melhor até se dissesse que poucos já sentiram realmente o ato praticado entre dois seres apaixonados, necessitando de contato físico para troca de energias revitalizantes, demonstrações de pureza de sentimentos, felicidade numa doação simultânea entre a matéria e a essência da vida.
A sensualidade feminina seria visualmente mais explorada no mundo atual. Vemos por todos os cantos essa exploração, ou quem sabe dizer essa necessidade. Algumas usam seus corpos para demonstrar, vender produtos, músicas, moda e milhões de coisas.
Quantas são contra isto e aquilo, mas vestem-se de forma sedutora por vaidade, temem perder seus parceiros para outras mulheres. Então se preocupam com sua aparência e por tal beleza se espremem em modeladores, passam fome, submetem-se a cirurgias plásticas, à procura da beleza estética. Estariam erradas? Quem sabe certas?
Não tenho a resposta. Sou uma das tantas mulheres que passam fome para continuar magras, que tomam sucos de legumes, verduras em jejum para manter o peso. O desejo de continuarem sedutoras, desejadas por seus parceiros, seus amores é errado? Pecado?
Fico feliz em ser apenas uma pobre mortal, com milhões de defeitos. Desta maneira esquivo-me de ter a resposta certa, já que sou tão imperfeita ainda, felizmente para mim. E por não ter a resposta entre o certo e o errado, não preciso cobrar tanto de mim mesma.
Mas tenho é claro minha opinião, que já por estar escrevendo estas palavras gostaria de dar. O ser humano a meu ver pode e deve praticar o ato sexual. Não acredito que tenha algo a ver com pecado seu ato em si. Não teríamos nossas fantasias, nossos sonhos, nossas sensações de prazer somente como provação, para testar nossa força de vontade em abstinência em relação ao sexo. Eu duvido deste ponto de vista, mas acredito que podemos sim ser testados em querer fugir às leis da moral, quando se excede ao pudor, quando se permite que a matéria se sobreponha ao espírito. Fica aqui, é claro, levantada a polêmica que teve origem há tantos e tantos anos atrás. Cada um deve agir conforme sua consciência; basta que ao agir pense: será que meus atos prejudicam ou não algum semelhante? A resposta sendo negativa, ame e deixe-se ser amada (o).
do livro LIA AZUL |