“D E C L A R A Ç Ã O”
Declaração: “Exposição, esclarecimento, explicação, afirmação, documento público, manifesto”, esta seria a definição tirada de um dicionário. Mas o que falaríamos sobre declaração? Seria para nós, já que falamos apenas de sentimentos neste pequeno livro, a definição de expor a alguém nossa paixão, dizer ao nosso amado, ou amada, o que sentimos, tirar de dentro de nossas mais íntimas e secretas sensações, vontades, desejos, palavras para que se faça entender o que realmente sentimos.
Qual ser não se transporta ao infinito, às estrelas, atrás do universo, quem sabe, diante de alguém declarando, expondo seus puros e nobres sentimentos?
Palavras emitidas ao vento, seguindo a direção certeira do coração ao qual foi arremessado.
Arrancando suspiros, descompassando batidas cardíacas, paralisando raciocínios, energizando vibrações de mútuo carinho, felicidade, suor nas mãos, confusos pensamentos, tantos desejos...
Os apaixonados se deleitam ao ouvir de seus amantes desabafos de corações enamorados. Lágrimas surgem, turvando a visão. Ficam inebriados pelo amor recíproco, a doce sensação de sentirem-se amados, queridos.
Bocas se colam depois de amores declarados, selados por beijos que tentam materializar a mais bela forma de se amar.
Quantos auditivos clamam por poucas palavras, “eu te amo”, somente para que possam completar-se numa sincronia perfeita, com visão, audição e tato, triângulo que deveria ser inseparável.
Os sentidos são perfeitos quando na mesma proporção são emitidos. Falem, demonstrem, façam suas declarações aos seres que amam. Não deixem que esqueçam que foram, são e sempre serão amados.
Façam reais seus sentimentos, deixem que o mundo ouça, mostrem a grandeza que é amar, a beleza que é se dar, a felicidade que se tem ao receber amor. Não deixem escondidos o que sentem. Clamem ao ser amado sua verdadeira e única razão de viver. Declarem-se.
do livro LIA AZUL |