“S A U D A D E”
Encontramos em qualquer dicionário que a palavra tem como definição: “Recordação ao mesmo tempo triste e suave de pessoas, ou coisas distantes, ou extintas, acompanhada no desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; pesar pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia, lembranças afetuosas de pessoas ausentes.”
Vou dizer o que sinto em relação a esta palavra de apenas sete letras e que causa tanto penar. Deveria ter como sinônimo o monossílabo “dor”, sentimento que machuca a alma, dilacera o peito causando tantos sofrimentos.
Tristeza também poderia lhe fazer parceria, pois causa essa mazela, que entra primeiro pelos teus olhos, quando buscas o ser amado, e desesperada percebes que se foi...
Mudando a vida, nascendo uma profunda ferida, angústia embutida que lateja numa dor permanente, constante, aguda, sem a menor chance de antídoto.
O remédio é único e supremo. Que volte o ser que perdemos, ou apenas que apareçam os que partiram, mesmo sem perceber que tanto nos feriram.
A dor que se fez tão presente some ao rever o ser amado. Como mágica termina quando se percebe que ele foi, mas agora retorna.
Ah! vontade impregnada de ter a pessoa tão amada. Deixaste mãos algemadas, chagas na alma, aflições, fico aqui clamando por teu coração.
Quero me ver em teus olhos, volta e cura de mim a saudade, não permitam que tanta maldade me faça sofrer, só por tanto te querer.
do livro LIA AZUL |