Perigos que Rondam a  Adolescência no Mundo atual

“O adolescente vive um turbilhão de sentimentos porque está no meio de um processo de mudança biológica, psicológica e social. Ele sente as emoções de forma mais intensa e há uma forte necessidade de pertencimento e aceitação social, o que faz com que críticas e rejeições tenham um peso maior. Tudo o que precisa encontrar na família é vínculo e aceitação” Este depoimento expresso no Jornal Gazeta do Povo criado pelo jornalista Gabriel Sestrem jornalista na Gazeta do povo traz reflexões sobre a criação dos filhos e o papel dos pais na família, traz também alertas sobre os perigos mais nefastos que aprisionam os nossos adolescentes no Brasil e no Mundo.

 “ Na última semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um dado incômodo a qualquer pai ou mãe: a cada 10 minutos, um adolescente tenta tirar a própria vida no Brasil. O presidente da SBP destacou que há chance de subnotificação, ou seja, os números podem ser ainda maiores.”

       Para uma família como deve ser concebida  criar filhos é sinônimo de proteção, cuidados, amor incondicional sem medida e tantas outras coisas que o amor materno e paterno requerem. Até parece que são tarefas fáceis que a força do amor tem o poder de suavizar, até que chega a adolescência e joga um balde de água fria nesse ninho de amor. É a adolescência que muitos pais querendo entender o que essa fase representa, chamam de “ aborrescência” mas não é bem assim: é um momento crítico para pais e filhos. Para os pais os filhos não crescem serão sempre frutos  de uma árvore forte, um norte e nem se dão conta de que os filhos estão atravessando mudanças de comportamento naturais, normais, já não é mais aquele amor feito de carinhos, de afagos, de cuidados com a saúde física, como se só isso bastasse, mas não basta: os seus filhos estão a desenvolver autoconfiança, estão a se preparar para serem adultos responsáveis. Vivenciam no ambiente escolar, e na vida em sociedade práticas que os preparam para a vida, para serem adultos conscientes das responsabilidades que lhes cabe.

       A vida como ela é meche muito com o seu emocional, esta sensibilidade ora se mostra um desafio que eles costumam chamar de “adrenalina” uma sensação boa que os empurra para a busca de independência, uma necessidade de pertencimento de ir além do “ninho” uma busca pela autonomia. Tudo isto é normal. Assim com as aves se jogam para fora do ninho em busca do voo necessário. E assim como os pais, aves adultas, ficam observando o voo dos filhos, sem interferir, mas atentos: olham, vigiam, com amor e afeto aceitam o desafio que os filhos enfrentam, e se houver perigo à vista  chegam bem depressa para os socorrer.  Assim deve ser o amor, o afeto, o carinho dos pais diante da adolescência dos seus filhos.  Sem descuidar nunca dos perigos a que os filhos estão expostos. O maior perigo da adolescência nos dias de hoje são as drogas e o excesso de bebidas alcoólicas :na ânsia de encontrar a tal felicidade, a euforia, a vida prometida, se deixam levar para caminhos que os hão de tragar. Aí  já só o amor, afeto do lar não basta, todo o cuidado com a saúde física não foi bastante: o excesso de bebida alcoólica vicia, as drogas de toda a espécie viciam e aquele ou aquela jovem se vê de uma hora para a outra transformados  em um ser que faz tudo, tudo mesmo: roubar, se prostituir, cair no mais profundo dos abismos, para conseguir comprar mais um pouco de um passageiro prazer. Disso se alimenta  o mundo invisível do crime. Roubam a inocência da adolescência, destroem vidas que só queriam a liberdade  para alçar o voo necessário. E sem se dar conta entraram para um mundo tão cruel que já  só

conseguem enxergar o suicídio como tábua de salvação.

   Muitos países já estão tomando providências a nível governamental para combater a entrada de drogas. Aqui se destacam os Estados Unidos da América com o Presidente Trump à frente combatendo com firmeza a entrada de drogas em seu país, seguido por muitos outros países que  veem seus jovens a cair nessa armadilha. Não será fácil, o crime até parece que compensa dada a riqueza fácil que promete para os traficantes. A luta é árdua, longa, já se transformando em guerra mesmo, é preciso combater esse crime com todas as armas possíveis, os nossos jovens têm direito a uma adolescência saudável longe desses perigos e de outros que lhes roubam a alegria da juventude que devia ser festejada  como um momento único quando o corpo, a mente e a alma vivem a saúde plena a que todo o ser humano tem direito.

                                                                            Lita Moniz