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Artigos-->ATHOS BULCÃO UM ARTISTA PLURAL -- 23/04/2025 - 11:24 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

ATHOS BULCÃO UM ARTISTA PLURAL

L. C. Vinholes

23.05.2025

                                                                  Nota: Reunindo em um só texto informações públicas compiladas em diferentes fontes, visando aproveitá-las                                                                                                    e torná-las, mais uma vez, disponíveis aos interessados, resolvi publicá-las no site que, graciosamente, muito me tem servido e sido útil.

O artista plástico Athos Bulcão nasceu no Rio de Janeiro em 2 de julho de 1918. Sua carreira teve início nos anos de 1940 quando desenvolveu linguagem pictórica própria. Na década de 1950, quando o abstracionismo era consagrado por Alfredo Volpi, Willys de Castro, Rubem Valentim, Ligya Clark e Hélio Oiticica, ele era um dos que não podiam mais ser esquecidos. Dedicou-se à fotomontagem e obras desta fase estão na coleção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Com produção plural, é autor de telas a óleo e acrílico, aquarelas, gravuras e máscaras em relevo. Exímio desenhista, tem obras reunidas no livro Athos desenha, assinado por Bené Fonteles. Em Brasília, em qualquer direção que se olhe, será sempre possível apreciar obras de Athos Bulcão, consagradas em mosaicos, azulejos, relevos, painéis etc., “um verdadeiro museu a céu aberto”.

Quem não conhece a fachada Sul do Teatro Cláudio Santoro formada por cubos diversos dispostos aleatoriamente onde, conforme teria dito o artista, “o sol faz a festa”, multiplicando sombras e criando composições diversas? Estão por serem descobertas pelos apreciadores as formas existentes nos vazios definidos pelos referidos cubos, formas com notável papel no resultado final da obra que se comportam como silêncios entre notas de uma música de concepção e estrutura nova.

As obras mais representativas de Athos Bulcão estão presentes em prédios públicos de Brasília, dentre as quais a treliça da Sala dos Tratados no Itamaraty; os azulejos com a estrela que anunciou o nascimento de Jesus e a pomba do Espírito Santo nas paredes externas laterais da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima; o painel da Escola Classe das 407/408 Norte; o batistério da Catedral de Brasília; a parede circular do Mercado das Flores, na 916 Sul; os relevos do Salão Verde do Congresso Nacional e do Auditório do Setor Militar Urbano.

Dignos de nota são também os muros, painéis, relevos e divisórias da década de 1990 que Athos Bulcão criou para o Hospital da Rede Sarah Kubitschek de Brasília às margens do espelho d´água do Lago Paranoá.

Painéis com mosaicos de Athos Bulcão poderão ser encontrados nas embaixadas do Brasil em Praia (Cabo Verde), Buenos Aires (Argentina), Lagos (Nigéria) e Nova Dehli (Índia).

A parceria de Athos Bulcão com os arquitetos Oscar Niemeyer, João Filgueiras Lima (Lelé), Milton Ramos, Carlos Andrade, Glauco Campelo e outros, resultou em obras que enriquecem o patrimônio artístico de Brasília.

As criações de Athos Bulcão estão hoje ao alcance de todos, aproveitadas para ornamentar canecas, cartões postais, pratos, sandálias, sombrinhas, colares, camisetas, desta forma popularizando a obra de quem sempre teve a intenção de estar próximo do grande público. Tudo pode ser encontrado no escritório da Fundação, situado na comercial da Asa Sul 510, Bloco B, Loja 51, em Brasília.

Até transferir-se para Brasília (1958) Athos Bulcão consolidou amizade com o poeta Murilo Mendes (1940) por quem foi apresentado a Vieira da Silva e Arpad Szenes significativos introdutores do abstracionismo no Brasil que abriram o ateliê onde Athos desenvolveu suas habilidades artísticas; obteve Medalha de Prata em desenho e pintura no Salão de Belas Artes do Rio de Janeiro (1941); conheceu Oscar Niemeyer de quem recebe convite para sua primeira exposição individual no Instituto dos Arquitetos do Brasil; foi assistente de Candido Portinari na execução do painel de São Francisco de Paula na Igreja da Pampulha em Belo Horizonte; foi bolsista do governo francês (1948), estudando na Academie de la Grande Chaumière e no ateliê de Jean Pons; foi membro do júri do Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro (1950) ao lado de Antonio Bento, Burle Marx e Santa Rosa; foi admitido no Serviço de Documentação (1952) como funcionário do Ministério da Educação e Cultura (MEC); colaborou nos projetos de Oscar Niemeyer criando os azulejos externos para o Hospital da Lagoa (1955), no Rio de Janeiro, então Hospital Sul América; foi requisitado (1957) pelo MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável pela construção de Brasília; tornou-se um ícone ao lado de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, o triunvirato que criou a Brasília em que vivemos.

Hoje, Brasília conta com a Fundação Athos Bulcão que tem como secretária-executiva a dinâmica artista plástica Valéria Cabral que continua lutando por uma sede própria.

Amigos e admiradores comemoraram os 90 anos de Athos Bulcão, transcorridos no dia 2 de julho de 2008.

 

Comentarios

Maria do CArmo Maciel Di Primio  - 26/04/2025

Estimado Prof.Vinholes, grata pelos registros das obras de Athos Bulcão. Arquivarei com os seus textos anteriores. Saudações!!

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