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Artigos-->A FUNDAÇÃO KOELLREUTTER, Resenha de Eventos. -- 14/05/2024 - 18:27 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A FUNDAÇÃO KOELLREUTTER

Resenha de eventos

 

L. C. Vinholes

14.05.2024

 

Aproveitando as anotações feitas na primeira semana de setembro de 2006, redigi o que, na época, chamei de Lançamento da Fundação Koellreutter. Resenha dos eventos em Tiradentes e São João del-Rei. 01, 02 e 03 de setembro de 2006, texto que, desde então, me acompanha e que a seguir reproduzo em memória dos que lá foram co-testemunhas dos alvissareiros fatos e para os que, hoje, dele possam fazer uso e tirar algum proveito. Por achar conveniente, faço rápida revisão geral e acrescento notas complementares de pé de página.

 

                            Estada em Tiradentes

 

Dia 01/09

Nas primeiras horas da manhã, fui à residência de Margarita Schack[i] para cumprimentá-la e tomar conhecimento da programação para os dias 2 e 3. Chegando à entrada da loja do Centro Aura Soma Paz[ii] (CAP) encontrei Margarita bastante preocupada com os preparativos para os eventos do dia seguinte. Apresentou-me ao seu secretário Marcos e levou-me para conhecer o auditório onde seria realizada o ato de apresentação de depoimentos e música. Naquele momento Margarita perguntou-me quantos minutos eu gastaria para os depoimentos que eu levava comigo. Respondi que no máximo uns 10 minutos. Preocupada com o tempo da programação, pediu-me que fosse o mais breve possível, que resumisse e não se mostrou interessado no mini-happening que eu propora.

 

Durante todo o dia, na companhia de Helena[iii], sua irmã Maria José e da prima Nesinha, percorremos a cidade e realizamos o passeio entre Tiradentes e São João del-Rei no trem Maria Fumaça que corre entre as duas cidades e que é um dos atrativos turísticos da região. Em São João del-Rei visitei o centro histórico, a Igreja Matriz e a tradicional fábrica de objetos de estanho.

 

Ao retornar a Pensão Arco Iris, à Rua Frederico Ozanan nº 340, a proprietária senhora Carmelita, informou-me de que o senhor Marcos telefonara e necessitava falar comigo. No telefonema que fiz, o senhor Marcos reiterou o pedido de Margarita para que eu fosse o mais breve possível nos meus depoimentos, “pois logo após seria realizado um coquetel para dar oportunidade aos presentes de confraternizar e conversar uns com os outros”. Afirmei ao referido senhor que seria tão breve quanto o não esperado e que de fato eu devia agir assim pois nada é mais importante do que um coquetel e que o mesmo não poderia ser prejudicado por longos depoimentos.

 

Dia 02/09

Por volta das 09h30 deste dia, a caminho do vilarejo de Bichinho, a 8 km de Tiradentes, encontrei meu amigo Antonio Carlos Borges Cunha, maestro, compositor, ex-aluno de Koellreutter e professor da PUCRS, na companhia de José Staneck[iv], o insuperável executante de gaita/harmônica. Combinei com Antonio Carlos de chegar um pouco mais cedo à missa que seria rezada às 16h para conversarmos a respeito da retomada do projeto do CD[v] com toda minha produção musical.

 

Às 15h30 encontrava-me em frente a Matriz de Santo Antônio que fica na colina ao lado da casa de Margarita e que pode ser vista do pátio da sua residência. Pouco a pouco chegaram os convidados e os que, habitualmente, frequentam os atos religiosos da Matriz.

 

Com minhas acompanhantes, sentei-me em um dos bancos do lado esquerdo da nave de quem entra na Matriz, vendo do lado direito a Antonio Carlos, Staneck, Eládio Perez Gonçalez (1926-2020), Tin Rescala, Edino Krieger (1928-2022), Teca Alencar de Brito, Ana Maria Azevedo e outras pessoas que não conheço. Em bancos situados em ambos os lados, acima do primeiro degrau de acesso ao altar, estava Margarita, alguns senhores, Pedro Paulo e Cláudio, filhos de Koellreutter, com suas respectivas esposas, além do neto Lucas, filho do primeiro. Antes de começar a missa, Margarita aproximou-se dos que estavam sentados à direita fazendo a apresentação de um dos senhores que estava a seu lado e que durante a missa, quando tomou da palavra, fiquei sabendo tratar-se do Reitor da Universidade de São João del-Rei (UFSJ), professor Helvécio Luiz Reis.

 

A missa começou com algum atraso e contou com música ao vivo apresentada por Staneck (Siciliana e Sarabanda de J. S. Bach), bem como com saudações de Margarita e do Reitor, exaltando a personalidade de Koellreutter e singularizando suas ideias. O mesmo fez o pároco celebrante.

 

Durante sua saudação, Margarita chamou a atenção de muitos quando anunciou que tinha providenciado que “as cinzas do professor Koellreutter fossem transformadas em um diamante que seria entregue à Fundação Koellreutter para figurar do Espaço Koellreutter, criado para abrigar todo o acervo do seu marido, doado à UFSJ”.

 

Logo após o término da missa, por volta das 17h15, os convidados dirigiram-se à residência de Margarita cuja entrada principal fica localizada na Rua da Câmara, nº 3, na lateral a da entrada da loja do CAP.

 

Iniciado o ato intitulado Relembrando Koellreutter, Margarita deu as boas vindas ao público e passou a palavra ao Reitor. Este comentou que pouco sabia do professor Koellreutter, mas que, nos últimos oito anos, sedimentou amizade com Margarita e manifestou sua imensa satisfação por ter, em boa hora, tido o privilégio de acolher a ideia da Fundação por ela apresentada. Ato contínuo, Staneck tocou o primeiro movimento da peça “Dharma para Gaita” a ele dedicada por Koellreutter. Logo em seguida, Margarita apresentou a violonista Ana Maria Azevedo dizendo que ela e José Staneck, executariam o Samba que Koellreutter “determinou a Tom Jobim compor utilizando uma só nota”. A parte de música ao vivo terminou com a execução de duas outras músicas de Tom Jobim na interpretação/arranjo de Ana Maria, do também violonista Gertez Palma e de Staneck.

 

A fase dos depoimentos foi iniciada por Edino Kreiger que lembrou o início do seu relacionamento com Koellreutter e o papel que ele desempenhou na formação de outros músicos na década de 1940, entre eles citando Cláudio Santoro e Guerra Peixe, e a influência do seu pensamento e de suas ideias renovadoras. Depois, Antonio Carlos lembrou o tempo em que estudava com Koellreutter, às vezes em que esteve em São Paulo e se hospedou no apartamento do mestre e tocou a gravação de uma versão por ele preparada da Concretion 1960, apresentada em Porto Alegre em concerto comemorativo aos 90 anos do compositor. A seguir, Teca comentou sobre os ensinamentos recebidos de Koellreutter que estão inseridos no seu livro “Koellreuter Educador O Humano como Objeto da Educação Musical” e informou que está em fase final seu novo livro sobre o mestre que qualificou como determinante na orientação que imprime na escola que mantém em São Paulo. John Persons intelectual inglês há décadas residente em Tiradentes, ajudado por sua esposa de Anna Maria Parsons, referiu-se detalhadamente aos eventos de caráter multidisciplinar promovidos em sua residência, um belo casarão colonial naquela cidade, dos quais Koellreutter participava como figura central. Anna Maria por sua vez manifestou interesse de voltar a promover encontros como os referidos por John. Terminada a apresentação de John e Anna Maria Parsons, Margarita aproxima-se de onde eu estava sentado e, em voz baixa, mais uma vez recomendou-me ser breve no depoimento.

 

Levantei e levei comigo minha pasta, Estilo 007, que depositei no único degrau do palco/estrado do auditório do CAP. Improvisei o que gostaria de dizer, recordando as providências que Koellreutter tomara na Prefeitura da minha cidade para que eu recebesse bolsa-de-estudo para ir ao curso de Teresópolis em 1953; o convite que me fizera para ser seu secretário e secretário da Escola Livre de Música da Pró Arte em São Paulo; o trabalho com os  preparativos com a realização do I Seminário Internacional de Música da Bahia; minha entrada como crítico de música do Diário de São Paulo em substituição a Koellreutter que fora designado diretor da recém-criada Escola de Música da UFBA; a vinda a São Paulo da compositora Kikuko Kanai[vi] (1906-1986) e do bailarino Masami Kuni[vii] (1908-2007) e da influência que este teve na formação de uma concepção nova de dança no Brasil; a minha ida para o Japão; meus estudos no Departamento de Música da Universidade de Tokyo e no Departamento de Música do Palácio Imperial. Resumi dizendo que minha gratidão a Koellreutter estava no fato de ter aberto caminhos para que eu aprendesse a pensar diferente da forma tradicional do Ocidente, vivenciando um clima de liberdade de pensamento, de vida, de concepção de arte, de valorização de novos parâmetros etc. Comentei a ausência de referências ao período dos anos de 1950, aqueles que deram forma ao trabalho desenvolvido por Koellreutter com a criação da Escola Livre de Música da Pró Arte. Lastimei, apesar de dizer que compreendia, a ausência quase que total dos alunos e amigos daquela década e fiz questão de mencionar a presença de Norma Graça Floresta e de seu esposo o cravista Felipe Floresta, sentados no fundo do pequeno auditório. Anunciei que estava de posse de dois depoimentos de alunos e amigos de Koellreutter que assim como o meu, para poupar tempo, não seriam lidos e frisei que faria a citação dos dois nomes por ordem alfabética: Antonio Galvão Novaes e Brasil Eugênio da Rocha Brito, e que este, a pedido do mestre, fora o revisor do Manual de Harmonia de Jazz e autor do Ábaco[viii] para análise de acordes da harmonia funcional, incluído em obra do mestre. Ofereci os dois depoimentos e o meu ao Reitor que se encontrava sentado na primeira fila, ao lado de Margarita e do vice-reitor da UFSJ. Comentei ao público que sempre tive por mania guardar papéis e que Koellreutter, em certo dia em 1956, perguntara “o que você vai fazer com tanto papel?” ao que respondi: o tempo dirá. Tomei da pasta, abri e comecei a fazer a entrega, diretamente ao Reitor, das 23 partituras, inclusive a da única cópia existente da Fanfarra de Inauguração do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, tida como perdida, e do original da partitura de Concretion 1960 por mim publicada pela Shin Nippaku Colection editora que criei em Tokyo para divulgar arte brasileira; de uma coleção de 48 cartas da correspondência que Koellreutter e eu trocamos entre 1957 a 1964, inclusive uma carta de Koellreutter em japonês; dos originais manuscritos e datilografados dos artigos que ele mandava quando em viagem e que eu, depois de datilografar em papel apropriado, os levada à redação do Diário de São Paulo para publicação; de algumas das apostilas das aulas de estética da música de 1954; cópias de capítulos de uma história da música que ele pretendia escrever; e outros documentos: retratos; discursos de inauguração e encerramento do I Seminário Internacional de Música da Bahia; seus curricula em português, inglês, alemão e japonês; cartão de visita em japonês e alemão de quando diretor do Instituto Goethe de Tokyo; etc. etc. Tudo isto foi capeado por uma carta dirigida ao Reitor a ele pessoalmente entregue.

 

A medida que eu tirava da pasta o material acima referido e fazia entrega ao reitor, o público aplaudia, inicialmente sentado e depois de pé, e muitos choravam de emoção. O reitor, também emocionado, abraçou-me e agradeceu a doação brincando que durante todo o tempo em que eu falava ficou olhando com curiosidade para minha pasta sem nunca imaginar o que dela sairia.

 

O último a falar foi Tim Rescala que iniciou comentando que depois do que eu havia dito e feito quase nada deveria ser acrescentado. Mas comentou os estudos que fez com Koellrreutter, seu vizinho na Urca, no Rio de Janeiro, e os telefonemas que dele recebia quando estudava piano as vezes comentando “hoje esta melhor do que ontem” ou manifestando preocupação de que estudava mais piano do que os deveres por ele passados.

 

A reunião foi dada por encerrada e Margarita convidou a todos para dirigirem-se ao cocktail em sua casa. Levantei-me e pedi a todos apenas mais um minuto de atenção. Solicitei a permissão de Margarita que não entendeu meu gesto, para fazer um pedido a todos os presentes. Comentei que entre nós estava uma pessoa que pelo seu trabalho e sua dedicação merecia todo o nosso respeito e admiração e pedi que fosse dada uma salva de palmas à dedicada e atenciosa governanta Áurea Frazano da Silva. Foi um longo e caloroso aplauso à dileta amiga que abraçada à sua filha Camila, já próximo a saída do auditório, chorava copiosamente e veio abraçar-me.

 

Durante o cocktail, conversei com Cláudio e Pedro Paulo e deste recebi a informação de que sua mãe Geny Marcondes (1916-2011) vivia em Tatuapé, SP, e dele recebi o telefone para o contato que fiz à amiga que, em janeiro de 1953 em Teresópolis, intermediou meu diálogo com Koellreutter que resultou no convite para minha transferência naquele ano de Pelotas para São Paulo.

 

As 20h20, de carro, acompanhei o ônibus que levava boa parte dos convidados ao Teatro Municipal de São João del-Rei, à Av. Hermílio Alves, para assistir ao extraordinário espetáculo Tangos e Tragédias, por dois atores/músicos gaúchos, que é apresentado por todo o Brasil nos últimos 20 anos e que foi assistido e aplaudido por Koellreuter inúmeras vezes. O espetáculo terminou às 23h40 com atores e público nas escadarias externas do teatro. No retorno a Tiradentes segui o carro-cicerone de Anna Maria Parsons (1934-), que também foi participante do happening realizado em 1987 pelos alunos e professores do Congresso Latino-Americano de Compositores e atual diretora-geral do Centro de Referência Musicológica José Maria Neves (1943-2002) em São João del-Rei. Tanto na ida quanto no regresso, fui acompanhado por Antonio Carlos, aproveitando para dialogar sobre temas de comum interesse.

 

03/09

Às 9h15, com minhas parceiras de viagem e Antonio Carlos, deixamos Tiradentes e seguimos para São João del-Rei. Às 10h, além de outras pessoas acima mencionadas, numeroso público assistiu a cerimônia de inauguração do Espaço Koellreutter instalado em histórico prédio que abriga o Centro Cultural da UFSJ, sito à praça Dr. Augusto das Chagas Viegas. Na primeira sala de exposições do “acervo” Koellreutter” o reitor Helvécio Luiz Reis reiterou sua satisfação por abrigar a Fundação Koellreutter e, com ela, a coleção de objetos e obras do compositor. Agradeceu ao desprendimento de Margarita e, mais uma vez, fez menção à doação que eu havia feito no dia anterior. Falou em seguida o professor Alberto Ferreira da Rocha Júnior, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários que ressaltou a importância do Espaço Koellreutter para definir o rumo que deve tomar a orientação a ser dada ao Centro Cultural que passa a abrigar o acervo recém-inaugurado. Finalmente, Margarita tomou a palavra e, entusiasticamente, leu, na íntegra, o texto da palestra que Koellreutter havia feito, em 1984, na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, texto do qual, posteriormente, distribuiu alguns exemplares ao público, na capa registrando ter sido “Editada pela Editora Margarita Schack, Tiradentes/MG 02 de setembro de 2006”. Em seguida ao ato de inauguração teve início a apresentação dos professores do Departamento de Música da UFSJ que contou com a participação, como convidado especial do barítono paraguaio Eládio Peres-Gonzales que interpretou a peça a ele dedicada por Koellreutter intitulada O Preto Serafim caiou do andaime. O professor-flautista Antônio Guimarães interpretou a obra de César Guerra-Peixe (1914-1993) Melopéias nº 3; a professora Marcia Taborda, coordenadora do Espaço Koellreutter, interpretou os interessantes e ricos Cantos para voz solo, de Tim Rescala; e, encerrando o programa previsto, foi executada por Antônio Guimarães e Marcelo Parizzi, a Sonata para duas flautas de Ch. Koechlin, utilizando uma das tantas partituras que Koellreutter usava nas suas apresentações no Brasil e no exterior, hoje parte do acervo da Fundação que tem seu nome. O evento foi encerrado com uma improvisação da qual tomaram parte os professores já citados mais um violoncelista, um pianista, um trompetista, um violinista e o coral misto da UFSJ. Como ato de despedida foi servido um coquetel no pátio interno do referido Centro.

 

Após o evento, ciceroniados por Anna Maria Parsons e em companhia de Rescala, Antonio Carlos, Krieger, Eládio e Lilia Rosa, professora da Unicamp, visitei o Centro de Referência Musicológica (CEREM) que ela dirige e que foi criado graças a doação de uma das casas da ex-zona, situada à Rua Marechal Bitencourt nº 24, hoje local turístico de alta importância cultural. O referido Centro tem como patrono ao saudoso historiador, regente e musicólogo José Maria Neves, filho de São João del-Rei, e visa a “promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio musicológico histórico e artístico, bem como estudos e pesquisas, desenvolvimento e conhecimentos técnicos e científicos” que digam respeito às atividades musicais.

 

Deixei o local sem ter oportunidade de despedir-me de todos os presentes a não ser do reitor e de alguns dos professores da UFSJ e, com minhas parceiras de viagem, peguei a estrada em direção a cidade mineira de Moema, onde vivem tias e primos de Helena e ali pernoitamos antes de seguirmos para Brasília na manhã de 04/09.

 

[i] Margarita Schaker 1936-2016), cantora alemã, esposa de H. J. Koellreutter.

[ii] Loja em Tiradentes, MG, onde Margarita pedras coloridas e adornos que interessavam aos seus seguidores.

[iii] Helena Maria Ferreira, minha esposa.

[iv] José Luiz Barroso Staneck (1962-)

[v] Por razões financeiras, esse projeto que previa incluir obras de ....

[vi] Kikuko Kanai foi uma das primeiras compositoras japonesas a escrever música clássica no estilo europeu. Estudou dodecafonismo com H. J. Koellreutter e foi delegada japonesa ao Congresso Internacional de Folclore realizado no âmbito do programa das Comemorações do IV Centenário de São Paulo. Autora da ópera Hiren Karafune com primeira audição no Teatro Kabuki de Tokyo e seu Adagio e Alegre para piano, de 1954, foi publicado em 1960 pela Coleção Shin Nippaku (Nova Brasil-Japão).

[vii] Masami Kuni, estudou na Alemanha com Mary Wigman, pioneira da dança expressiva moderna, creative dance, e criou o Instituto de Dança Masami Kuni, em Setagaya-ku, Tokyo. Em 1955, esteve em turnê pela Venezuela, Argentina e Brasil, deu cursos na Escola Livre de Música da Pró Arte, em São Paulo, e na Universidade Federal da Bahia.

[viii] Harmonia Funcional – Introdução à Teoria das Funções Harmônicas, de H. J. Koellreutter, publicado pela Editora Ricordi, de São Paulo, em 1980,

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