O Brasil não é uma Suécia e está longe dos melhores países para se viver. Temos graves deficiências sanitárias, como água tratada e redes de esgoto por exemplo; a pobreza, apesar da redução drástica nos últimos anos, ainda está presente no dia a dia de muitas famílias; a educação é uma das piores do mundo, apesar dos avanços; a criminalidade e a violência são problemas crônicos na sociedade brasileira; e por fim, afetado pela crise internacional, o país apresenta baixos índices de crescimento. Ainda sim, a popularidade da presidenta Dilma continua a bater recordes. Aliás, é o mais alto índice desde a redemocratização em 1985. Nem mesmo o seu antecessor (Lula) conseguiu tamanha popularidade no primeiro ano de governo. Segundo o IBOPE, a aprovação na forma de governar de Dilma é de 79%. Ou seja: 79% da população brasileira aprova como a presidenta vem conduzindo o país. Não há como negar que, apesar dos problemas em alguns setores, tal aprovação é resultado da percepção de que o país continua avançando em direção a uma nação mais próspera e capaz de oferecer um melhor estilo de vida. Claro que o governo federal tomou medidas que agradam principalmente a maioria da população, a qual está nas classes mais baixas. Tais medidas, como a redução da tarifa de energia elétrica e a desoneração da cesta básica, são bastante populares, mas ainda sim não justifica a alta popularidade da nossa mandatária. O fato de o país não ter sido profundamente afetado pela crise internacional pesou mais nessa popularidade. Por outro lado, alguns índices -- como a taxa de inflação por exemplo -- vêm piorando nos últimos meses e o governo federal terá de tomar medidas impopulares para resolvê-los mais cedo ou mais tarde. Aliás, estes são exatamente o alvo da oposição e daqueles que não se conformam com o PT na condução do país. Mas gostando ou não do governo da presidenta Dilma, é preciso reconhecer que ela vem agradando uma ampla maioria da população brasileira.