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Cordel-->DESABAFO E DESPEITO -- 22/04/2007 - 00:24 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESABAFO E DESPEITO

Tendo meu peito ferido
Sem alguém que me socorra
Talvez sozinho eu morra
Mais que triste e aborrecido
Pois que estou endoidecido
Por uma grande traição
Que magoou meu coração
E me fez desiludido
Deixando-me esquecido
Aqui neste mundo cão.

Quero que venha ao chão
O barraco da mulher
Que só finge que me quer
Mas gosta do garanhão
Meu amigo safadão
Na verdade um inimigo
Porém eu que nunca brigo
E até bebo com ele
Pinga no boteco dele
Ódio alimento comigo.

Com minha amada prossigo
Comendo um torresminho
Tomando mais um traguinho
Enquanto a ela eu digo:
- Só com você eu consigo
Ser mais doce que o mel
Muito mais por ser fiel
A mim o seu grande amor
Que suaviza minha dor
Neste mundo tão cruel.

Seja Joaquim ou Manoel
Deus e o Diabo de frente
Ambos viram a Serpente
Que picava Emanuel
Saboreando amargo fel
Pendurado numa cruz
Assim padeceu Jesus
Sem que lhe dessem socorro
Se da morte também corro
Ganho chifre por capuz.

No dedo dela eu pus
Uma aliança de ouro
Porque era um tesouro
Ao qual eu fazia jus
Amor pra sempre supus
Foi esse o engano meu
Pois não me correspondeu
Dei-lhe amor e fui traído
E agora desiludido
Sozinho me encontro eu.

A minha sorte me deu
Uma morena e tanto
Ao vê-la tornei-me santo
Meu anjo o dela bateu
Morar com ela fui eu
Levando comigo vícios
Processos e mais enguiços
Também a Bíblia na mão
Beijando irmã e irmão
Pulei sobre precipícios.

De meus erros há indícios
Virtudes tenho também
Sobre amar e querer bem
Voltaremos aos inícios
Desde que há desperdícios
Por não sabermos amar
Preferimos mais odiar
Quem recusa amor a nós
Pragas rogamos e após
Começamos a chorar.

Vamos adiante encontrar
Nosso pior inimigo
Justamente nosso amigo
Que só vem pra nos cobrar
Mas a mão temos que dar
Ao nosso rival de morte
Sendo esta a grande sorte
De nascermos e vivermos
Tão só para aprendermos
Que a razão é do mais forte.

Pensei que eu tivesse porte
E assim convencido fui
Até ver que tudo rui
E nos deixa sem um norte
Porque quem não tem suporte
Perde o fôlego e a Deus roga
Quando tomba a piroga
No meio do poço fundo
Torna-se um moribundo
E nas águas se afoga.

Quando tudo é uma droga
A morte é preferível
Diante do impossível
Última carta se joga
Veste-se terno ou toga
Vai-se desta pra melhor
Pois não há nada pior
Que uma vida sem amor
Esta é uma grande dor
E o sofrimento maior.

Derramei sangue e suor
Para ter junto a mim
A flor bela do jardim
Que conhecia de cor
Fui dela capitão mor
Agora um frustrado amante
Findo-me a cada instante
Mas quero ainda viver
Talvez um dia morrer
Por ter amado bastante.

BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS


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