Procurei uma paleta,
dei corda aos pinceis.
Colori a tua imagem,
pu-la na minha gaveta.
Entretanto,
escrevi mimos na doce aragem,
inventei muitas funções,
sorvi o infinito,a sua voragem,
coloquei-lhe inúmeras questões.
Rasguei o pensamento,
gritei o meu lamento,
ao vento...
Abriu-se a gaveta
levitou a tela
que já fora paleta.
Vi:
imagética criativa,
personagem cativa,
que fugia de ti.
Era a minha feição,
agreste canção,
pousada, no teu
abismado coração.
Elvira:)
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