Mais um negro morreu vitima do preconceito. A morte aliviou o sofrimento de um negro que havia acabado de concluir um curso superior. Entre milhões de Afros-descendentes que infestam as cadeias e sobrevivem em sub-empregos indignos e que certamente não atingirão a maioridade. Eu pergunto: ATE QUANDO?
Até quando vamos morrer nas mãos dos brancos?
Até quando vamos ser usados pela sociedade moderna?
Até quando seremos livres de verdade da escravidão?
Até quando a policia irá continuar nos matando por sermos negros?
Até quando nossos filhos serão considerados pivetes?
Até quando teremos que esperar na fila da dignidade?
Até quando a cor de uma pessoa determinará o seu destino?
Até quando moraremos nas vilas e COHABS, senzalas modernas?
Até quando nossos direitos serão desrespeitados?
Até quando choraremos as mortes anunciadas dos nossos amigos e parentes?
Até quando as cicatrizes arderão em nossas costas?
Até quando os pesadelos continuarão nos assombrando?
Até quando vamos ser usados como mão de obra barata?????
De tudo isto resta uma certeza. O negro não vale nada. Nasceu para o trabalho braçal e viver miseravelmente, porque quando consegue sair do ciclo vicioso, através do estudo, e quando tudo conspira para dar certo, alguém incrimina o negro por ser negro e por usar roupas parecidas.
De quem é a culpa pelo ocorrido? Da policia? Não! A policia prende criminosos, e se nos presídios a grande maioria é de afros-descendentes, então este seria mais um. E partindo do pressuposto de que negro é ladrão e sujeito a erros, os policiais apenas cumpriram o dever de zelar pela segurança da sociedade.
Mas também a culpa caberia ao negro que morreu. Quem mandou estudar? E mesmo que tivesse dito que era um Doutor, certamente seria ridicularizado e morrido do mesmo modo.
O culpado mesmo de tudo é o destino, talvez do próprio Deus, porque motivo foi criar uma raça de cor preta, poderia ter criado de cor azul , violeta, qualquer outra cor, ele é o CRIADOR de todas as coisas. Não. Deus nem sabe o que acontece por aqui, isto é coisa dos homens insensatos, os mesmos que criaram Deus.
