Quem decide
se a liberdade consiste
em transpor o limite
do medo,
da consciência,
instância derradeira
a indagar:
É cedo ?
É tarde ?
Quem pode determinar
a exata medida
entre o próximo
e o distante,
entre o sim
e o não ?
Há de fato coragem
ou impulso sombrio
em desdenhar o proibido,
amar o mistério,
sendo ambos rebentos
sedentos
da mesma quimera ?
A quem foi permitido
proclamar
àbsonos éditos,
tentando corromper
o descuidado caminhar das nuvens?
A verdade orvalhada das manhãs ?
As serenas luzes do crepúsculo ?
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