Deito os olhos sobre mim,
sem sonhar,
sem carpir,
nem suspirar.
Num bailado idílico
brincam quase oníricas passagens,
reluzentes feito pérolas
- um trabalho delicado -
digno do melhor ourives...
Serei eu o tecelão dos meus mistérios ?
Por onde meus passos têm andado ?
O poema futuro
é alguma folha em branco,
uma onda...
A única ciência é a vida,
um princípio,
precipício,
onde flutuam invisíveis vagas,
nuvens, oceanos...
O nada ? O tudo ? O tempo ?
Bruno Ropf
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