Usina de Letras
Usina de Letras
137 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62182 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->DEFESA DA CUMADI TERE PEÑABE -- 05/04/2007 - 21:20 (Hull de la Fuente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Defesa da cumadi Tere Peñabe


(Hull de La Fuente)


Ôje eu sô adevogada
Pá defendê inocente
Com diproma e becada
Pra atuá decentemente.
O causo que se apresenta,
Seu juiz, eu vô conta,
É a defesa primária
Da Tere das Bera-Má,
Acusada por um pária
De assedio sexuá.

Data vênia seu juiz,
A ofendida é ela
Qui se salvô por um triz,
Dessa grande esparrela.
E Cuma eu ia dizeno,
Pá num fugi do assunto
A pobre istá sofreno
Pois quase virô presunto,
Pudia inté ta mortinha
Na cidade dos pé junto.

Minha criente e a amiga
Tavum num bar fofocano
Fumano e fazeno intriga
E a cerveja intornano.
Na onda do leva e traiz
Elas num virum um sujeito
Vistido di samurai,
Cum um brochinho no peito,
Quano ele gritô “banzai”!
Vem pra cima! Eu mi’ajeito.

Minha criente na hora,
Num deu munta importânça
Pois o bar da Liodora
É um lugá chei de lambança.
Ocorre que o elemento
Partiu para a agressão,
Tirô Tere do assento
Chamando-a de sapatão.
Tere e Má revidarum
E lhe derum um pescoção.

O samurai catô coco
Cum sôco que recebeu,
E o povo cuma lôco,
Du lugá se escafedeu.
Liodora recramava
Da fuga da friguisia,
Pois fugia e nun pagava
A conta que eles divia,
Tere nun si acontentava
E no sujeito batia.

Logo ela apercebeu
Que o samurai erum fraco,
Intonce ela resorveu
Que ia afogá o pato.
Agarrô o seu pescoço
E num quiria sortá,
Arriscando um processo
Nas barra do Tribuná,
Tudo isso seu juiz,
Pá sua honra lavá.

Eu truxe e tá comprovada
Pois faiz parte da ação,
A nutiça pubricada
In um jornal alemão,
Que a Terê quase afogô
O pato na confusão,
Esse samurai do agreste,
Na foto só de ropão,
Pur baixo num tinha nada
Num usava nem carção.

Dura lex, sed lex,
A lei deve sê cumprida
Defendo minha criente
Pelo que agüentô na lida.
Calúnia e defamação,
E a injuria sufrida,
Crimi sem apelação,
Sem caução e sem saída.
É pena sem compaxão,
Presse pato Margarida.

Dá-se o valô da causa
Por volta de cem reá,
Pra mode pagá o selo
Que vei lá de Purtugá
Garanto sinhô juiz
Posso inté dizê aqui,
Que dispensemo o infiliz
Do bote da sucuri.
Mas era o que miricia,
O cara de jabuti.

Finalizo a petição
Atestando sua ombridadi,
Liberi-a da acusação
Que nun cundiz cum a verdadi.
Terê usa só sandáia
Jamais usô sapatão,
E muiê que veste saia,
E num tem muxiba não.
Recôia o samurai,
Pois chegô o camburão.











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui