Você, homem a descoberto,
me abraça forte, enrosca
o corpo rijo e me desperta
sentidos, que já não são sentidos,
mas que estão vivos, esperando
que, nem sei quem, me coloque
em alerta.
Colha, do meu desejo, o prazer
que alimenta o corpo, a alma
e sacia a fome mais cruenta,
até que esses anseios
"adolescentes" já perdidos,
voltem como uma injeção de
intensa vida.
Escrevo "nossa" história.;
vivifico o momento,
perpetuo as suas e
as minhas mãos,
percorrendo caminhos,
tangenciando espaços,
aglutinando-se em sonhos,
limitando-se em beijos
e abraços.
Entrego meu corpo,
minha mente, alma.;
desnudo-me em palavras
para saber, que o que faz
sofrer, é a solidão, a perda
da paixão, e, que sem isso,
viver é nada.
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