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Cronicas-->Versão, Balelas e Versões -- 20/05/2003 - 11:56 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Versão e Versões
(por Domingos Oliveira Medeiros)


Explicação. Interpretação. Variante. Boato. Balela. Assim diz o dicionário. Mas, no caso que pretendo abordar, prefiro ficar com a definição dada para a área especializada de obstetrícia médica: "Manobra que objetiva dar ao feto uma posição mais conveniente ao parto".

Com efeito, a violência ocorrida numa universidade particular do Rio de Janeiro, na qual uma jovem estudante foi baleada na região cervical, e está sujeita a ficar tetraplégica, está tendo uma variedade de versões, a primeira das quais que o tiro teria sido disparado por traficantes de uma favela próxima àquela instituição de ensino.

Surge, agora, uma suspeita, que serve de sustentação para a segunda versão, a partir da análise dos filmes do circuito interno de TV, no momento da tragédia. Há indicações de que o tiro teria partido de dentro da própria universidade. E que, não se sabe ainda porque, alguém estaria tentando encobrir os fatos, uma vez que está comprovado que as fitas, contendo as imagens gravadas, foram adulteradas antes de serem entregues à apreciação da polícia.

É neste rumo que as investigações estão sendo desenvolvidas. A nova versão aponta para novos suspeitos. São dois policiais militares, visto que o primeiro suspeito, o inspetor da Polícia Civil Marco Ripper, foi inocentando, com a conclusão da perícia, segunda a qual a bala que atingiu a universitária não partiu do revólver do inspetor.

Agora vem a minha versão. E daí? E se o inspetor, policial experiente, tivesse usando outra arma? O resultado da perícia, embora correto, porque científico, não significa, no meu entender, que se deva inocentar, de pronto, o inspetor.

E o que teria levado alguém a atirar dentro de uma universidade? Disputa por pontos de tráficos.? Uma outra versão que precisa ser comprovada. E que, por certo, trarão novas versões.

Finalmente, uma última versão: o tiro que atingiu a universitária, acredito, tem mais de um culpado. O maior deles, no meu modo de ver, seria a própria ausência do Estado, que, durante anos, não deu a devida atenção ao problema da violência. Depois, tem a versão da condução da política económica que, há anos, vem sendo praticada no pressuposto único da atração e captação de recursos, via endividamento público crescente, que resulta na falta de recursos para atender às necessidades da população , como segurança pública, por exemplo. E, principalmente, no combate vigoroso ao tráfico de drogas e ao crime organizado.

Versões que coloco à disposição de quem direito para apresentar às suas contestações ou suas versões, como queiram.

Domingos Oliveira Medeiros
20 de maio de 2003


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