O Risco do Brasil e do Mundo
(por domingos oliveira medeiros)
É quase nada. É um sinal. É só um cisco, mas incomoda. Quando está fora de moda. De fora do seu local. Dá prejuízo, e gera receita. Receita grande. De capital. Não faz desfeita a quem especula. Não há quem cuspa prá cima. E que depois não engula. É como a crase fatal. É como se fosse um sinal. Sinal de pontuação. Ou seria de educação? De junção gramatical?. Não passa em branco o sinal. Nem chega nunca ao final. É preto no branco e normal. É o risco brasileiro. É o risco mundial. Basta inventar um boato. E publicar no jornal. Para que seja verdadeiro. E o risco logo acontece. Passa a ser o primeiro. E a imprensa enaltece. O risco é diário. Já sai no noticiário. A cotação é freqüente. Prá alegria de alguns. E para tristeza da gente. Até a moeda, o dólar. Que servia de comparação. A moeda americana. Daquela grande nação. Passou a adotar o risco. O risco da pichação. Rabisca quem não merece. Aumenta-se toda a despesa. O risco é como um trovão. Acaba com a economia. E não leva muito tempo. É da noite para o dia. Agora ninguém mais trabalha. Agora ninguém mais produz. Vivemos de mentirinhas. O risco é a nova luz. Fuxicos e coisa e tal. Realidade virtual. Concentrando mais a renda. Acumulando capital. Onde quem ganha dinheiro. São os próprios pichadores. Que vem lá do estrangeiro. Fazer aqui o carnaval. A peso de dólar e de ouro. Invadem o nosso tesouro. Em nome do financeiro. Vez por outra um novo risco. Quem se arrisca se dá mal. O dólar sobe de novo. E tudo volta ao normal. Até quando esse jogo ?. Só arrisca quem petisca. Com a vida das pessoas. Enquanto tiver papel. E lápis bem apontado. E dinheiro emprestado. Haverá sempre um riscado. Haverá sempre um rabisco. Assim falou o Ministro. É a lei que move o mercado. Mercado que o povo não entra. Não há dinheiro na praça. Dinheiro pequeno, trocado. Prá dar esmola ao povão. Que passou a ser mendigo. Tratado como inimigo. Andando na contramão. Desta imensa nação. Mas a chance é agora. De dar o troco devido. A quem foi tão atrevido. Segura na minha mão. Vamos todos decididos. A votar nesta eleição. Pelo retorno do emprego. Pela volta da produção. Contra a ciranda financeira. Contra a especulação. Contra todas as mentiras. Contra toda pichação. Contra o custo de vida. E contra qualquer inflação. Contra o rabisco ensaiado. Contra o risco falsificado. Contra um governo omisso. Contra um governo calado. Que vê o povo roubado. E ainda nem por isso. Se mostra preocupado. Não apresenta serviço. E nem tampouco resultado. Por isso digo e repito. Nessa próxima eleição. Vamos apagar este risco. Vamos arriscar meu irmão. Vamos fazer o riscado. Riscando esse governo. Um risco para o passado. Por tudo que que nos passamos. Por tudo que foi pichado.