Dissimulado poeta,
de poetar verdadeiro,
sente sem ter sentido,
vive no exagero.
Da euforia demasiada
à descomedida apatia,
entranha-se no inexistente,
emergindo em alegoria.
Louco. Sensato.
Frígido. Apaixonado.
É tudo ainda que nada.
É nada até sendo tudo.
E nesse sentir singular,
mil viveres recria,
entrelaça rima por rima,
tecendo perfeita poesia.
|