Permita que eu voe apenas vôos rasantes,
deixando-me ao alcance de suas mãos.
Não me perca de vista, sequer por instantes,
nem desfaça a magia, silenciando a canção.
Navegue-me, barco à deriva, pelo seu mar.
Convença-me que, sem seus afagos, não vivo.
No fundo de meus olhos fixe seu hipnótico olhar,
assim, render-me-ei ao seu fascínio: desejo cativo.
Não se acanhe! Tenha-me por sua eterna amada.
A devotar-me, dedica todos os dias de seu viver.
Decerto, fazendo-me refém de sua paixão desvairada,
prisioneira da redoma de Eros, eu venha a ser.
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