Usina de Letras
Usina de Letras
118 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62182 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140792)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->PESCADORES DO HUMOR -- 01/04/2007 - 14:25 (Hull de la Fuente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PESCADORES DO HUMOR



Na Usina nóis num ganha,
Pelo contrário, nóis paga,
Nóis só ganha aligria
Dessa turma humorada.
Eu tava só assistino
Essa prosa dos cumpadi
E num vi nenhum mintino
Eles contam só verdadi.
Mermo se de cara cheia,
Há responsabilidade.

Eu aquerdito nos pexe
Qui a cumadi falô
Eles são de Mato Grosso
Da terra do meu avô,
Home bom e verdadero
Nunca mintira contô,
Faziam inté romaria
Pra iscuitá o prosadô,
Sua fama conhecia
Inté mermo o ixteriô.

Ele contava o causo
De uns lambari falante,
Que migrarum pra San Paulo
Por causa duma vazante.
Os lambari tudo era
Dos bôto os ispião,
Inganadô de muié
Pá robá seus coração,
Mais in San Paulo os danado
Só armaram confusão.

Dexarum as muiés maluca
Achano que era a cachaça
Pois ficarum na sinuca,
Pidino de Deus a graça,
Pra clariá suas mentes
Depois da tar pescaria
E ninhuma era demente
Era o que o dotô dizia,
ôje im dia, minha gente,
Terê nus faiz companhia.

É contadora de istória
Daquelas de admirá,
Já tem o nome na glória,
Pra ninguém mais duvidá,
Pago pra iscuitá seu canto
Suas quadrinha populá,
Que é mió do que o pranto,
Que mió do que chorá,
Prela eu tiro meu chapéu
Pramodi continuá.

Meu cumpadi Paulo Marcio
Pruveita a semana santa
Pra vendê pexe inlatado
Pru povo cumê na janta,
Eu só nun sei se traíra
Arguém come aqui na Usina,
Se é pexe d’água doce
Ou se vevi na piscina,
Mais seno ela inlatada
A gente manda pra China.

Nun disiste meu cumpadi
Do negócio da traíra
Se nun vendê na cidadi
Tu vendi pus caipira,
Gente de prosa bunita
Que nunca conta mintira,
E fuma paia inrolada
Amarrada cum imbira.
Vida boa meu cumpadi,
Da roça ninguém os tira.

O cumpadi Sirva Fio
Tamém é um pescadô
Dipromado lá na França,
Teve inté um professô.
Dispois vortô cum isperança
Pois no Sena nun incontrô
Pexe que valesse a isca
Que nas água ele jogô.
Mas gostô das dançarina
Que ele viu lá no Lidô.

Mais foi numa pescaria
Pelo rio Tocantins,
Quele incontrô as Iara
Vindas lá do Parintins,
E dançarum a noite inteira
E nisto nun teve manha
Mais cum a tar bebedeira
Ele achô que era piranha
Pois rolarum a noita toda
Nas foias das bananeira.

Durmirum cumu santinha
E só pidirum o trôco,
Agora ele vem diz
Que erum santa do pau ôco.
A vida é um grande jogo,
E nela nóis tudo aposta,
Mais in rio cum piranha
Jacaré nada de costa,
Nem sempre o que acompanha
Faiz aquilo do que gosta.

Por isso nois tá filiz
Pois nun houve incidente
Ninguém perdeu o nariz
Tampouco perdeu os dente.
Já istão inté falano
Numa nova pescaria,
Pur isso istão marcano
As vaga cum aligria
Mais tem que isquecê a vara
Pra evitá istripulia.

Meus cumpadis, meus amigo,
Num perdi a paciênça
Ceis pode contá cumigo,
É só pidi a presença,
Se ninguém mais aquerdita
Nas verdade que nóis diz,
Talvez a sorte bendita
Qué nóis tudo im Paris,
Pescando no rio Sena
Coisa que eu nunca fiz.


(Hull de La Fuente)


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui