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Poesias-->Severo, meu amigo -- 26/11/2004 - 22:46 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Seus dias eram áridos
Suas noites eram frias
Seus passos trôpegos
Mas sua vida era alegria
Fome ele não passava
Era de fazer amigos
Com todos bem se dava
Mesmo entre mendigos
Era de ajudar aos outros
O que ganhava repartia
As crianças dele gostavam
Porque ele as divertia
Contava histórias engraçadas
E todas com final feliz
Todos davam gargalhadas
E sempre pediam bis
Sua voz era meio rouca
Mas seu cantar razoável
Cantava boleros românticos
E tinha um timbre agradável
Não sabíamos de onde veio
De seus irmãos, pais ou avós
Mas acho que não sentia falta
Pois sua família éramos nós
Éramos garotos naquela época
Todos cheios de esperança
Hoje adultos com certeza
Sempre o terão em lembrança
As lições que aprendi contigo
Amor ao próximo e humildade
Tenha toda certeza meu amigo
Não as esquecerei com a idade
Um dia nos encontraremos
Em algum lugar do universo
Hei de te mostrar meu apreço
Que te tenho nestes versos
Poderei também tirar a dúvida
Que há muito tempo eu quero
Por que com coração tão doce
Tinhas como nome Severo
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