BENEDITO GENEROSO
Ao meu amigo brioso
Que me fez uma cortesia,
Benedito Generoso,
Um devoto de Maria.
Por ler aquele cordel
Cujo tema era a serpente,
“Se desfilava em carrossel,”
Isto eu não sei minha gente.
Mas generoso merece
Da rima colher o louro,
Seu canto é como prece
De quem acha um tesouro.
Seu vocabulário rico
É algo que me fascina
“E a cismar às vezes fico”,
Do jeito como ele rima.
Benedito, amigo meu,
A infeliz cobra paraguaia,
Um dia se apeteceu
De um Pery que usava saia.
O final já é sabido,
E ninguém mais ignora,
Mas virou um alarido
Por esse Brasil afora.
Por isso, meu companheiro,
Agradeço com emoção,
Aos amados usineiros
Com um aperto de mão.
Mas a você Generoso,
Agradeço o beijo-mel
E num gesto carinhoso
O espalho pelo céu.
(Hull de La Fuente)
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