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Cronicas-->O CONTO DO BILHETE DE ÓNIBUS -- 16/05/2003 - 23:03 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O CONTO DO BILHETE DE ÓNIBUS


Filemon F. Martins


Voltava para casa lá pelas 19h30min. Tomei o metró e desci na estação de Artur Alvim. Rumei para o ponto de ónibus, que me levaria até próximo de casa. Eta viagem longa! Me postei na fila aguardando a chegada do ónibus. Havia muitos passageiros à minha frente. Logo atrás de mim chegou um rapaz de vinte e poucos anos. Discretamente, fiquei observando o cidadão. Levou a mão ao bolso e tirou uma carteira. Abriu-a e começou a mexer, mexer, sem nada retirar. Ao que parece não havia dinheiro e nem bilhete de qualquer espécie. Já falando comigo, disse: "Puxa vida, esqueci meus passes em cima da mesa de trabalho. Acho que vou telefonar e pedir ao colega para guardá-los." Respondi: É interessante, sim, pelo menos você vai tranquilo para casa. "É," disse ele. "Mas o senhor tem um passe para me arrumar ?" Tudo bem, abri a carteira, retirei um passe de ónibus e lhe entreguei. Não imaginei que estava caindo no conto do bilhete. Agradeceu e saiu para telefonar, pensei. Meu ónibus chegou, a fila andou e finalmente entrei na condução e me sentei próximo à janela, de tal forma que podia ver os passageiros que aguardavam o ónibus seguinte.
De repente, lá vem o dito cujo, saracoteando, deve ter conseguido telefonar. Entrou na fila e se postou logo atrás de uma moça. Até aí tudo normal. Desviei o olhar por um momento, mas voltei a observá-lo e ( pasmem! ) vi a mesma cena. Enfiou a mão no bolso, tirou a carteira, mexeu, mexeu, nada retirou e interpelou a moça. Ela abriu a carteira e deu-lhe um passe de ónibus.
O ónibus partiu e comecei a pensar com meus botões. Será que este indivíduo faz isto com frequência ? Era a primeira vez que via aquele tipo de golpe. Durante alguns dias, observei-o e constatei o que já sabia. O larápio aplicava este golpe todos os dias, em pontos diferentes do terminal de ónibus e provavelmente em outros pontos de ónibus de outras estações do metró. Conclusão: caí no golpe do bilhete de ónibus. Após algum tempo, mudei o itinerário e passei a descer em outra estação metropolitana. Não sei se o malandro ainda continua passando a lábia em outros incautos, como eu. Nunca mais o vi, nem tive notícias dele. E fiquei refletindo: somos golpeados de todas as formas e de todos os lados. Pessoas inescrupulosas e interesseiras estão a todo momento tentando nos enganar. Até um larápio, bom de lábia, consegue nos ludibriar. Também pudera, para quem caiu no embuste do PT, cair no conto do bilhete não é nada. Difícil será aguentar quatro anos de conto-do-vigário.

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