Nas visões orientais e místicas, a Lua representa a alma que inspira e sustenta o Sol e guarda relação com o psiquismo pessoal e coletivo. Por sua vez, um eclipse da Lua é sempre momento de reflexão e revisão de áreas pouco limpas de nosso inconsciente. Representa uma revisão interior e profunda, sempre. Uma busca quase que imposta pelo cosmos para a compreensão de aspectos recónditos de nosso psiquismo. Não raro, sentimo-nos impelidos a nos conhecermos mais profunda e verdadeiramente. A liberdade grita por mais espaço e quer se expandir sem fronteiras. Que graça divina se assim olharmos para o eclipse que se avizinha! Os flashes desse eclipse podem, paradoxalmente, nos revelar mistérios jamais imaginados sobre nós mesmos. E conhecer nosso profundo interior é uma forma magnífica de conhecer a Deus. "Vós sois deuses", disse o Mestre certa vez. Em cada flash do eclipse, portanto, pode emergir uma faceta diferente de nós mesmos que talvez ainda tenhamos que reconhecer de forma consciente. É como se tivéssemos que ser apresentados a uma nova pessoa, alegre, jovial, transcendente e imortal: o nosso próprio eu! É mais uma oportunidade de compreendermos uma ínfima parte do mistério profundo que encerra o ser humano divinizado. Uma parte do horizonte perdido que se encontra! Felizes flashes do eclipse!