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Contos-->As Luzes d Alma -- 30/01/2004 - 18:28 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As luzes da alma
De posse de um telegrama, que descrevera o estado de saúde de Augusto, seu amigo de faculdade, Raimundo não hesitou, se despediu da mãe dizendo ir visitar um amigo. Pegou um trem e foi direto a Salvador.
Sem nunca ter saído do interior, sem conhecer muito aquela estação, pediu informação, aqui, ali, assim, assim conseguiu sair e ver a luz do dia...diria a luz da noite do 3º ou 4º dia que viajou de São Luis à Bahia.
Chegou na cidade baixa, queria ir para a alta, na frente do terminal rodoviário perguntou a um motorista de táxi, com cara de doutor, que lhe orientou oferecendo-se para levar. Só que o rapaz preferiu ir sozinho a uma parada.
No meio do nada, uma chuva esboçava aquela tarde. Ele se orientou com uma senhora, e pegou um ônibus até próximo do Lacerda.Subindo o elevador não pode deixar de admirar as maravilhas.
Já na cidade de cima, encontrou uma jovem menina, que se identificou como Sra. Sedylua. Uma menina mulher charmosa, de olhos agitados, mestiça e coração misterioso, que se prontificou a lhe ajudar.
Raimundo disse procurar o hospital São Francisco, ela de imediato segurou em seu braço, e pelas ruas do pelô depararam-se com o carnaval.Tudo era muito colorido, tudo era alegria, tudo era fantasia, mas Raimundo não quis saber e a sua companhia, a moça de Salvador foi cortando caminho até chegarem a praça Castro Alves, dobraram a esquerda e na para mais próxima pegaram uma condução, cuja inscrição estava apagada.
Enquanto Raimundo explicava a moça a situação a chuva aumentava e o ônibus parava em frente ao hospital.
Os dois desceram, Raimundo agradeceu dispensando a moça, porém ela comovida, por si resolveu ficar, para conhecer Augusto, o pivô de toda aquela jornada.
Na portaria informaram que Augusto estava na UTI. E dificilmente poderia receber visitas,que não fossem de parentes íntimos.
Desapontado, Raimundo quis ir embora,mas a boa moça, por livre ímpeto, segurou o rapaz e invadiram o hospital até chegarem a UTI, onde no corredor encontraram os familiares de Augusto.
Louise a esposa de Augusto logo reconheceu Raimundo e o abraçou chorando, dizendo em meios a lágrimas que Augusto há dias não dava sinal de vida,, a não se por aparelho. Mas o rapaz humilde, de camisa surrada e um sorriso largo confortou Louise dizendo para ela não se desesperar. Apresentou a lua e perguntou se poderia entrar, Louise ainda deu um sorriso e sem se negar indicou a porta de entrada.Enquanto Raimundo se preparava na ante sala, lá fora algumas pessoas do mitie profissional de Augusto, que era um bem sucedido empresário, comentavam o traje, a estipe e outros detalhes fúteis que observaram no rapaz.Nessa exata hora chegava a televisão entrevistando o médico, entrevistando a suposta viúva, entrevistando os amigos e algumas pessoas chorosas.
Por tudo o que foi falado, o boletim saia dizendo que o empresário estava só esperando a morte.
Não agüentando o que disseram de Raimundo a amiga, Lua se afastou ficando isolada e decepcionada com os comentários.
Louise tão envolvida não percebia o circo armado ao redor, as horas iam passando.
Raimundo entrou, enfim,no quarto do amigo, já era 20:00 horas, na hora do jornal local.
Os médicos invadiram o quarto e depararam com aquele rapaz humilde segurando as mãos do paciente e rezando uma espécie de terço.Num segundo pediram para o rapaz sair, nesse exato segundo Augusto abriu os olhos e o coração pulsou com mais força.
Os médicos entreolharam-se, e pasmos detectaram que houve uma incrível melhora no quadro geral. O pior é que não sabiam como explicar, o jeito foi sair e anunciar a boa nova.
De repente uma euforia tomou conta, Louise correu e abraçou Raimundo, que esboçou um sorriso de alegria.Quando todos se deram conta das boas vibrações que Raimundo e Lua trouxeram, as mascaras da burguesia começaram a cair pelo corredor do hospital, era uma gritaria, aliada ao abraça, abraça, que até a televisão no quarto queria entrar para ver Augusto se levantar.
Em segundos havia fogos nas ruas de Salvador, trios elétricos de Dodô, mas a música que Augusto ouviu foi o amor que o seu amigo esboçou. E que filhos, pais, amigos e mulher não sabia o que pensar, não entendiam como um ninguém, conseguiu mudar da água para o vinho a vida de um poderoso do lugar.
Depois de alguns dias, já bastante recuperado Augusto disse:
- Tantos vieram me visitar com seu perfumes caros, com seu carros importados, com suas mulheres lindas, com suas roupas luxuosas, com muito dinheiro, com sonhos de imensas riquezas. Apenas Raimundo, veio me visitar com amor. Por isso ainda estou aqui, entre os risos e as desgraças.
- Obrigado meu amigo!
Após a recuperação do amigo, Raimundo acabou levando a lua para conhecer os lençóis Maranhenses, junto com Augusto e família.
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