Dizem que todos estão felizes,
Por serem convidados a assistir a grande decisão político-teatral.
Os cidadãos se dirigem para a praça,
Para verem o grande festival de dependência.
Os homens ricos, acompanhados pelas suas esposas, se arrumam para a grande hora.
Nas ruas nunca se viu tantas pessoas,
Nem vendedores.
Estes vendem pés-de-moleque e suspiros, sem falar nas rapaduras.
Elas, as donzelas bem vestidas, andam tranqüilamente pelas ladeiras,
Como se tivessem indo para um piquenique.
Provavelmente estão indo para a praça, local da aglomeração.
Os rapazes cheiram a colônia francesa,
Com certeza trazidas pelos navios, via porto do Rio de Janeiro.
Todos os garotos matreiros estão hoje impossíveis,
É preciso que suas amas de leite estejam os vigiando.
Enquanto suas mães conversão sobre como será o primeiro capítulo da peça teatral.
Na enorme tenda teatral, já estão expostos os principais cenários.
O palco esta repleto de bugigangas que apoiam o episódio.
Entre essas bugigangas, está a pequena roda gigante e várias cordas,
Que, vistas daqui, parecem gangorras que acomodam os principais personagens da confidência mineira.
Os atores que vão contracenar
Estão repassando suas falas.
Os protagonistas estão com o texto na ponta da língua, ou melhor, estão se maquiando.
Já os coadjuvantes não cessam de ensaiar.
O grande espetáculo vai começar, por volta das onze horas da manhã.
Com certeza hoje a praça vai ser de todos.
E o Brasil vai se exportar.
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