Purifica o corpo na água clara da fonte
Procurando repouso, a estafa era tanta
Molha o rosto queimado do sol escaldante
Saciando sua sede, ressecada a garganta
O corpo desnudo exposto ao sol dourado
Curvas perfeitas, definidos contornos
Por sobre os ombros, cabelos molhados
Escorrem suaves como se fossem adornos
Não há sorriso nos lábios, semblante triste
A quietude domina, um perfil de oração
O pensamento se esvai, o desejo não existe
O silêncio predomina, induz à comunhão
Qual batismo sacro, mergulha em águas puras
Banhando o corpo denso, a alma sua leveza
O espírito se eleva, o seu corpo in natura
Ascende e vem à tona, expondo sua beleza
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