São seus os meus ombros
São minhas as lágrimas que despencam de seus olhos
São suas as angústias que o afogam
Os secretos instintos brancos em forma de papel
Os punhais que refletem morte em sua alma.
São seus todos os preceitos,
Os seus ombros que apoiados
Aos meus tornam-se únicos.
São seus os meus pés, coração, mente...
Deixa-me penetrar no seu eu,
Seu eu materialista, perpétuo.
Deixa-se insinuar no meu eu,
Até arrancar o sangue bruto,
Até que lhe chame de meu amor,
Até que se forme o perdão.
Só não me mate...
Que depois não terá mais ombros
Para chorar suas cicatrizes.
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