Entrelaçam-se todos os corpos,
Entrelaçam-se todas as camas
Que assolam com carinho
Esse teu ser carnal...
Que ama e procura ser
O real, para o que convém,
Que pronuncia
E te renuncia na busca,
O encontro...
Que te pega no colo
E te diz verdades que são
Constantes e inseguras lamentações.
E te diz para se segurar
Como ao projeto de vida
Ao qual vivemos hoje, presos,
Entrelaçados por cintos vulgares,
Cintos dos homens.
E entrelaçando-nos
É que colocamos no plural
Toda a existência a nós suplantada
Para que existíssemos,
Porque somos seres carnais.
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