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Contos-->O Caso dos Gatos -- 24/01/2004 - 13:10 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na casa de D. Lúcia, na hora do almoço a discussão começou...Maira reclamava da sua meia, Emília, recém comprada e agora imprestável para o uso, pois um rato roeu-lhe a ponta; Marina, por outro lado, bastante chateada se desesperava em lágrimas, pois, o mesmo rato roeu a cabeça do seu coelhinho; o tio Afonso que estava rindo com o tio Lúcio tiveram as suas escovas roídas e a D. Graça, que estava de passagem também teve a sua reclamação anotada.
O fato foi que naquele dia, quando o Sr. Alberto chegou tudo estava na mesa, ninguém agüentava mais, e o problema se espalhar a cada hora que se descobria as diabruras de um pequeno roedor.
Após o almoço, na cesta foi à gota d’ água, quando todos estavam se acomodando para dormir um pouco, aproveitar aquela chuvinha da tarde, o rato cara de pau, passara aos olhos de todos, do quarto para a sala, numa rapidez, que mal, os olhos mortais podiam acompanhar.Imediatamente, levantaram e correram num bloco de desespero, pandeguisse e afobação para executar o rato. Só que o instinto animal levou vantagem e ele fugiu.
À noite quando o Sr. Alberto chegou, ele trouxe um tipo de veneno esverdeado chamado k7. Por causa do frasco pequeno, da cor e do tamanho, todos começaram a fazer pilhéria, mas o Sr. Alberto não se importou. Enquanto D. Graça contava historinhas, Alberto fazia o preparo, e colocava o preparado no quintal, no forro e dentro da casa.
Amanhecera o dia meio cinzento. Acomodado as nuvens e a breve garoa o sol não apareceu. Mesmo assim, o Sr. Alberto, tio Afonso e D. Lúcia foram trabalhar, enquanto tio Lúcio foi levar às meninas à escola. Só D. Graça ficou fazendo as coisas e ouvindo as vizinhas lá fora gritarem por seus bichanos, quando ia perguntar o que estava acontecendo à chuva engrossou.
As senhoras ficaram amontoadas sob o alpendre do seu Bené, taberneiro, homem que tudo por ali sabia, pois não perdia um mexerico, eram as filhas dos outros, os filhos dos outros e agora os gatos desaparecidos.
Apesar de trocarem informações com a pessoa mais formada da rua, não se obteve mais eficácia, se não o abrigo da chuva que caia incessantemente.
Na hora do almoço, quando o Sr. Alberto chegara com a molecada, os tios e D.Lúcia a chuva deu uma amenizada e muita gente estava naquela rua estreita. Acontecimento estranho para o Sr. Alberto, pois a maioria dos vizinhos não saiam de suas casas assim, principalmente naquela hora, e sobre tudo por debaixo de chuva.
Já que era um fenômeno, resolveu parar também e perguntar o que estava acontecendo de estranho.
Estranho por estranho, outro vizinho que também vinha do serviço parou o seu veículo ao lado do Sr. Alberto, sobre uma chuva já minguada e interrogaram as vizinhas alvoroçadas, que informaram de pronto o sumiço dos seus bichanos.
Ambas famílias penalizadas, até protestaram, dizendo ser uma injustiça. Outras arriscaram definir o sumiço com a vindo de um circo, e alguém falou em veneno, mas ficaram com a versão do circo. Até se comprometeram reunir para formar uma comissão e reivindicar os seus bichanos.
Papo vai, papo vem, o Sr. Alberto se dispôs à reunião, e se desculpou ter que ir almoçar, afinal pela tarde ele também trabalhava.
Ao chegar em casa, à chuva tornou a cair, e a rua já havia voltado a sua calmaria, até por que o tempo não estava normal.
Todos a mesa, quando Marina, sempre engraçada, com aquela fala troçada, disse não ter nem uma reclamação do seu rato, mas que estava penalizada pelos gatos. Um silêncio ponderou, e tio Afonso perguntou ao Sr. Alberto se ele havia verificado o efeito do veneno.
Como em uma tele de cinema, os olhos ficaram voltados a pausa do Sr. Alberto, que respondeu não ter ido verificar.
Mais um pouco de silêncio. E D. Graça se antecipou, olhou no quintal e decifrando a sua visão num grito disse: Credo!
Todos imediatamente correram os olhos e o corpo a única janela de acesso ao quintal.
Meu Deus! disseram em coro.
Estavam lá todos os gatos da rua... Dudu, Bibito, Mal Mal, Melzinho, Pequena grande, Pretinha, Gabriela, Sansão, Maradona, Marginal, Pirento e tantos outros, mais ou menos uns trinta corpos estirados, ou melhor, endurecidos, que Tio Afonso, Lúcio e Sr. Alberto, sob uma chuva incessante, à noite tiveram que ensacar e depositá-los na mala do carro, para levá-los e deixá-los na estrada.
No dia seguinte o Sr. Alberto não conseguiu ir trabalhar,e quem foi a reunião foi D. Lúcia, pra não deixar o culpado se entregar.
Quanto aos ratos, ainda passam do quarto para a cozinha e da cozinha para a sala, sem ninguém encomodar.
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