Oscila o risco em mar bravio
Vagas a esmo sem rumo certo
Trêmulas as mãos suando frio
Perdido só em mar aberto
Busca um abrigo no horizonte
Que se descortina bem ao longe
Saciar a sede em uma fonte
De saber tal qual um monge
Procurar o caminho consolidar
Ligando os fatos ao seu destino
Há muito procura se situar
Neste mundo de desatinos
De onde vim, para onde vou
O que sou, o que serei, quero ir?
Por que sou, para que estou
Quando for, continuarei existir?
A resposta estará no centro
À esquerda, além, longe, fora
Perto de mim, em mim, dentro?
Preciso de saber aqui e agora
Mergulhar no escuro incerto
Até que tudo se esclareça
Descobrindo o que está coberto
Aprendendo tudo que mereça
Se esse horizonte algum dia
Fosse alcançado por mim
O meu barco firme atracaria
E descansaria por fim
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