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Poesias-->Quando não estás -- 18/11/2004 - 02:39 (DENIS RAFAEL ALBACH) |
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É um silêncio quando não estás
É um silêncio que me devora nas noites de sua ausência.
Então os pensamentos vagam como meu espírito quando durmo
à procura do teu reflexo e do encontro com tua presença.
Eu vôo nesses pensamentos, no escuro e no silêncio da noite
Escuro e silêncio da alma
Que extremecida em toques de arrepio
Sabe que esse silêncio que está na própria alma (minha)
É o silêncio do teu vazio.
Ah, quando não estás
Então também não estou em mim
e me deixo a vagar subindo alto como estrelas no infinito
Que cintilam, sem dores, os seus amores perdidos
Os amores seus mais fracos, mais distantes e mais bonitos.
Ah, quem dera como estrelas, que meu peito navegasse nessa imensidão do firmamento
Mas não há luzes no céu de minha noite
Se você não está.
Só há um silêncio que assobia um uivo fino e delicado que atiça a solidão
E em meu peito faz sua morada, nesse deserto sem jeito
Nesse fundo que é o fundo do meu peito
Um orifício vazio onde repousa a solidão.;
Ah, quando não estás não há vida dentro de mim
Apenas o velho grito de um silêncio que vem de longe
E agoniza a minha vida na estrada desse tempo.
Eu espero. eu atendo seu chamado de silêncio
Nessa espera platônica desse amor que há de vir nos fins de minha esperança.
Jamais hei de morrer sem conhecer este amor tão próximo.
Só quem ama pode ser eterno.
Mas só quem ama e espera que o amor em sua espera uma vez chegue pela porta de entrar.
Não há trancas nas aberturas inflamadas de meu peito.
Toda vez que é noite e não estás
Meu espírito arrebenta as saídas de minha alma
Com força e fúria desconhecidas no sonho de encontrar-te.
Não há trancas nas minhas aberturas inflamadas, não há não.
Eu espero que um dia chegues e me arrebatas desta ânsia de te amar. |
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