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Cordel-->A ONÇA DESENFREADA -- 23/11/2001 - 05:51 (joão rodrigues barbosa filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma adaptação por joão rodrigues.
Fonte hiperlink/www.comunidata.com.br


Lá no Ribeirão das Gralhas
Que fica nas Minas Gerais
Se eu vir que tu gargalhas
Daqui não sairá mais
Aconteceu este causo
Que é jocoso demais

Um caboclo foi melar
E estava muito quente
Numa mula a trotar
Ee ela era inteligente
Só não sabia falar
Mas pareceia ser gente

Apeou e amarrou a mula
Pra criciúma comer
E depois de ter amarrado
Deitou-se para adormecer
Pois estava meio melado
Acabara de beber

Quando se deu acordado
Já escuro pra valer
Um barulho a seu lado
Ele deu-se a perceber
Um bando de indio selvagem
Que o queria comer

Ele sendo um cara vivo
E sendo o meio arisco
Não esperou segundo aviso
Danou-se logo a correr
Montou logo e de improviso
Pois não queria morrer

Montou mesmo no escuro
No lombo do animal
E partiu em grande trote
Um pouco descomunal
Parecia um carro esporte
Em velocidade final

Cada flecha que passava
Ele mais cravava a espora
E o bicho a trabalhar
Com pressa de ir embora
E os bugres, ele deixava
Com a língua para fora

Pulando sobre barrancos
Pasando em meio a cipó
Nem livrava espinheiro
Ia às vezes aos tancos
Eta! Bichinho ligeiro
O rastro era só pó

O dia já clareado
Eu já saindo do mato
Queimei na ponta um cigarro
E a coisa perdeu o sentido
Numa onça eu tinha montado
E nela eu tinha fugido

A bicha comeu a mula
E tinha ficado engasgada
Ela estava muito fula
E eu em grande enrrascada
A barriga com assadura
De tanto ser esporada

A onça olhava pra mim
E eu olhava pra ela
Eu parecia um Surubim
Na hora de ir pra panela
Ali seria meu fim
Pois ela não era banguela

De repente grande estrondo
Naquela mata se ouviu
Na calça do caboclo um rombo
Bem grande logo surgiu
E a onça parecendo o Rambo
Logo, logo, escapuliu

E o caboclo breado
A sentir uma coisa quente
Pensava que era o melado
Mas o cheiro é diferente
Não tinha culpa o coitado
Mas quem tem, tem medo e é gente

Não é mentira eu juro
Tudo isso aconteceu
Tenho que comprar um burro
Pois a mula ela comeu
E comeu com sela e tudo
Mas não sobrou para eu

Compadre, se mal pergunto
Nessa estória estabanada
Era o caboclo, ou era tu
Que na tal onça montava?
Eu não tenho olho azul
Respeito é bom camarada!

Eu me fiz atrapalhar
Pois não queria a fama
Fui o caboclo inventar
Pra me livrar do IBAMA
Achei por bem me ocultar
Pra não ter que ir em cana

Se não queres acredditar?
Se não acha confiável
Eu posso uma história inventar
Mas tens que ser maleável
O tal crime ambiental
Já não é afiançável

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