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Cartas-->Semente de Palavras -- 16/06/2001 - 13:45 (Zilton Fioravante Salgado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Semente de Palavras

“Semem est Verbum”

Palavras soltas no caminho, livres ao vento. Dispersas no mundo, pelo qual rodamos incessantes como sempre.
Idéias, formas novas do pensar, que surgem de cada interior, raso ou fundo, que vaga como nuvem pelo céu azul e claro refletindo o mar sem fim das idéias, feto das palavras.
Fetos, sementes do que ainda há de ser posto a prova de vida, mas que encontram neste provar sua grandeza, o solo aonde há de nascer seus frutos.
Frutos que sem troncos que já tiveram sua provação vencida não existiriam. Frutos que somente crescerão com a interação que há com o meio que os envolve.
Semente é o verbo?
Sim são os verbos que de nós nascem, nossa necessidade de plantar nosso pensar no mundo, de colocar entre os povos tudo aquilo que em nós surge, tudo que é ação do nosso ser em nos mesmos.
Somos mais de um dentro de nos, somos sistemas que interagem para o equilíbrio da existência, que só existe quando também podemos plantar sementes que darão frutos fora de nós.
Estéreis? Sim, improdutivos, somos quando somente em nos deixamos fluir o verbo, que era semente, que será semente também fora de nós. Nada criamos quando ficam confinados dentro em nós os impulsos de vida.
Vencedoras são as palavras que encontram, fugindo de nós, os solos, mesmo que adversos eles pareçam, mesmo que sejam as terras rachadas e secas da compreensão dos insensíveis, pois mesmo lá se fincará o potencial dos esporos das idéias, das formas novas do verbo primordial.
Somos nós capazes de deixar tal ação fluir para o seu real caminho? Somos nós semeadores ou deixamos de espalhar os verbos pelo mundo?
Muitas vezes cremos que ainda estamos fazendo parte do ciclo dos que criam as sementes dentro de si e as fazem viver no mundo. Mas na verdade a única coisa que colocamos para fora do nosso ser é a real incompreensão daquilo que os outros fazem.
Nos preocupamos demasiadamente com a estética, que nos tornamos estáticos diante do fluxo criador que vemos correr em rios de idéias que fluem das incubadoras que estão fundadas em meio ao real existir de Homens que plantam as sementes do Verbo.
Façamos hoje, dos nossos dizeres, o digno espalhar sementes, o adubar idéias, para que estas criem o verbo novo. Sejamos observadores dos sentidos mais profundos das palavras que diante de nós se coloquem, vejamos sua movimentação mais mística, pois dentro delas está ainda latente o elixir do Verbo, aquele que torna as raízes mais fundadas no nosso solo, aquele que transforma o tronco em firme estaca das nossas certezas, cria galhos e folhas aptos a sentir o movimento da viração, mas não se desligarem das suas origens, faz as flores serem os ornamentos mais sublimes daquilo que de melhor havia na semente, porém se observarmos e formos os reais semeadores sentiremos em nós surgirem os frutos que criam sementes e são o Verbo que não nos deixará deslocado e isolado deste mundo tão sem foco, isto será o mais importante.

(para o grande amigo ZÉ PEDRO)
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