Usina de Letras
Usina de Letras
248 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Não Acredite em Clique -- 02/04/2003 - 10:02 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em Defesa do Clique
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Clicar ou não clicar, eis as questões. No início, tão logo os computadores começaram a ser “domesticados”, ou seja, passaram a integrar os chamados aparelhos ditos domésticos, o Clique não despertava nenhum grande interesse. Na verdade, ninguém se interessava muito por ele. Apenas dele fazia uso para deflagrar um evento, executar um programa, um comando ou, simplesmente, selecionar uma opção.

Mas agora, não. O clique está ficando famoso. E começa, por ironia, a ser clicado; isto é, a ser fotografado - com insistência - pelas câmaras do sucesso; deixou de ser aquele ilustre desconhecido. Mas é preciso reconhecer: muita coisa de errado, que está ocorrendo no mundo da informática, a bem da verdade, não é culpa do Clique. Saio, portanto, em sua defesa.

O fato é que nem todo Clique merece confiança. Entretanto, por detrás do Clique, há sempre a figura do Clicador. Este sim, o comandante geral. Aquele que dá as ordens. E que, quase sempre, vive escondido no anonimato. É ele, em última análise, quem define a hora, a quantidade e o que clicar. E a intenção do clique. Aí mora o perigo.

Há os clicadores compulsivos, que clicam apenas para ouvir o clique, e nada mais; sem saber que este simples gesto está enchendo de orgulho, por exemplo, algum aprendiz de escritor. Que vê, à cada minuto, o número de cliques aumentar em relação aos seus textos, que são divulgados pelos sites da vida virtual. Dando a falsa impressão de que o número de seus leitores estaria aumentando. E mais que isso: que ele estaria escrevendo cada vez melhor.

O clique é cego. Cumpre ordens. E também erra o alvo. E, portanto, pode clicar errado. Basta um escorregão por parte do Clicador e pronto, o falso registro estará formado. É o que poderíamos chamar de clique pelo clique. E há outros cliques mais famosos e perigosos: o clique irresponsável; o clique por engano; o clique do analfabeto; o clique do invejoso; o clique do mentiroso; o clique arrependido; o clique maldoso; o clique curioso; o clique com tique nervoso; o clique estrangeiro; o clique de quem tem dinheiro; o clique do assinante; o clique do pobre errante; o clique latino-americano, enfim.

Há tantos cliques e tantos tiques, que ticá-los todos seria um imenso trabalho. O importante é saber separar o clique do tique. O clique certo do clique errado. Pois o clique bem clicado, deve ser conservado; e apreciado. Eu, por exemplo, tenho meus cliques preferidos. Embora confesso, já tenha errado muitas vezes nos meus cliques. Mas quando encontro uma boa clicada, fico logo seu fã. E passo horas clicando com ela. Lendo seus textos como quem passa as folhas de um livro: com a ponta do dedo indicador, levemente molhada, saboreando o conteúdo daquele texto tão revelador de sua alma.

Aprendi que a pior coisa que pode acontecer com qualquer pessoa é acreditar demais em qualquer clique. Geralmente, essas pessoas são traídas pelos cliques. São os chamados “cornos eletrônicos compulsivos virtuais”. Domingos.02-04-2003















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui